Ontem, o Ibovespa alternou a sessão entre ganhos e perdas, mas encerrou em leve queda, acumulando o quarto dia consecutivo no negativo.

No exterior, as principais bolsas dos EUA também tiveram um dia de volatilidade e fecharam em direções opostas, com o índice Dow Jones em queda e Nasdaq e S&P em alta.

Sem uma “direção” única durante a sessão, os investidores continuam reagindo a um cenário desafiador que vem penalizando os mercados nas últimas semanas.

O avanço da inflação local e global, o aumento de juros nos EUA e uma possível desaceleração na China, além da guerra no leste europeu são os fatores que vêm preocupando os investidores.

Aqui no Brasil, destaque também para a divulgação da ata do Copom da última reunião, na qual a taxa Selic foi elevada para 12,75%.

Em relação ao quadro externo, o BC sinalizou o potencial prolongamento da normalização das cadeias de produção, aumentando as pressões inflacionárias. Além disso, citou a postura mais contracionista dos bancos centrais ao redor do mundo, o que deve afetar as condições financeiras de países emergentes, como o Brasil.

No ambiente doméstico, a instituição avaliou o ritmo de atividade como em linha com o esperado e afirmou que a inflação subjacente segue acima do intervalo da meta.

No cenário de referência do Copom, onde é considerada a trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus, as projeções apontam inflação em torno de 7,3% para 2022 e 3,4% para 2023.

Por fim, o comitê considerou como provável um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Em nosso cenário, contamos com uma última alta de 50 p.b. na reunião de junho, o que levaria a taxa Selic para 13,25% a.a., permanecendo nesse patamar até o fim de 2022.

No noticiário corporativo, os investidores também reagiram a temporada de balanços com destaque para a divulgação dos resultados de Itaú, BTG Pactual e BB Seguridade. Ontem, após o fechamento empresas com Vivo e Log-In também publicaram os dados trimestrais e hoje os investidores devem repercutir o resultado durante o pregão.

Como acontece a cada início de mês, divulgamos ontem o Safra Report, apresentando a nossa visão atualizada para os investimentos, assim como as alocações recomendadas para cada perfil de investidor.

No Safra montamos recomendações de investimento para 4 diferentes perfis de Investidores, do Ultraconservador ao Dinâmico, além dos perfis Conservador e Moderado. As recomendações crescem em escala de risco de um perfil para o outro, destacando que a diferença da carteira para o investidor Dinâmico - em comparação com a carteira para o Investidor Conservador, por exemplo - é o nível de exposição ao risco, onde a carteira Dinâmica acesssa em maiores percentuais classes de ativo com maior potencial de retorno e risco.

Para este mês de maio, dado o cenário de incertezas amplamente comentado ao longo das últimas semanas, promovemos um ajuste no balanço de risco dos portfólios, com redução na exposição a Renda Variável internacional e aumento nas classes de renda fixa internacional e renda fixa local.

O movimento busca capturar oportunidades oriundas do ciclo de aperto monetário promovido – principalmente - pelos Bancos Centrais brasileiro e americano.

Para conferir todos os detalhes sobre o Safra Report de maio, acesso o link na descrição desse vídeo.