Enquanto a bolsa brasileira permaneceu fechada ontem por conta do feriado, vimos um movimento forte de correção nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, índice de ações S&P 500 caiu 5,89%. Na Europa, o recuo do do Stoxx 600 foi de 4,10%.

Tivemos dois fatores principais que pesaram sobre os negócios: o temor de uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus e novos sinais na economia. Confira as explicações do nosso estrategista Jorge Sá:

Noticiário internacional

A atenção com a evolução da doença se deu principalmente nos Estados Unidos. Recentemente, todos os Estados americanos já adotaram alguma medida de flexibilização, e os últimos números sugerem que alguns deles têm reportado um aumento nos casos.

Somado a isso, o presidente do banco central americano, Jerome Powell, havia dado declarações mais pessimistas do que se esperava na tarde de quarta-feira. Ele declarou que a recuperação econômica ainda tem um longo caminho a percorrer.

Sobre o último relatório de emprego, que surpreendeu positivamente e teve influência importante no recente movimento de alta dos mercados, ele ponderou que ainda é difícil entender se esses números de fato sinalizam uma melhora, devido às grandes incertezas que estão no radar.

Sobre esse tema, ontem foram divulgados dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos, com 1,54 milhão de novos pedidos. Apesar de ser um número alto, ele veio ligeiramente melhor do que as expectativas e representa um recuo sobre a semana anterior.

Live Safra

A agenda de indicadores para o restante do dia de hoje é leve, mas continuaremos monitorando eventuais novas sinalizações sobre a pandemia do coronavírus e seus reflexos na economia.

Destaque para a live de hoje. Nossos especialistas da Safra Corretora vão comentar as oportunidades e os desafios para as ações dos setores de saúde e imóveis negociadas na Bolsa. A transmissão começa às 11h, e você pode acompanhar aqui.

Vacinas em São Paulo

Em São Paulo, tivemos uma sinalização positiva no combate ao novo coronavírus. O governador João Dória anunciou uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac para testar e produzir a vacina. Ela já está sendo testada em humanos, aumentando o número de voluntários em cada fase. Agora, na fase 3, ela será testada em 9 mil brasileiros a partir do mês que vem. Se comprovada a sua eficácia, ela será distribuída pelo SUS, e a estimativa é que ela esteja disponível até junho do próximo ano.

Existem outras iniciativas nesse sentido, como a parceria entre a Unifesp e a Universidade de Oxford, que também está na fase de testes em humanos