O Ibovespa transitou entre o terreno positivo e negativo ao longo do pregão de ontem, encerrando em leve baixa.

A Petrobras, que havia contribuído para o ganho da véspera, desta vez pesou sobre o índice.

As ações da estatal operaram em queda ontem, em meio à participação do presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, em sessão da Câmara dos Deputados que questionou a política de reajustes da empresa.

Outro destaque da última sessão foi o recuo nas taxas do mercado de juros. Isso porque o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou ontem um tom mais paciente do que o esperado pelos investidores, afirmando que a instituição não reagirá sempre à divulgação de dados de alta frequência.

Na frente de dados econômicos, tivemos um firme avanço dos serviços no país. Como esperado, o setor cresceu 1,1% na passagem de junho para julho. Foi a quarta taxa positiva seguida, o que deixou o setor quase 4% acima do nível pré-pandemia.

O destaque mais uma vez foi a recuperação de atividades que dependem da reabertura da economia, como hotéis, restaurantes e parques.

No exterior, acompanhamos a divulgação da inflação nos Estados Unidos em agosto. O comportamento na margem foi de desaceleração de 0,5% para 0,3%, número um pouco mais baixo do que o projetado pelo Safra e pelo mercado.

Já a variação em 12 meses caiu para 5,3%, o que foi encarado por parte do mercado como uma sinalização de que a inflação americana pode ter atingido um pico, o que em tese reduziria a pressão pela retirada de estímulos por lá.

No entanto, os índices de ações do país voltaram a cair, diante das dúvidas quanto ao crescimento da economia americana. O tom mais cauteloso tem prevalecido desde que foram divulgados, no início do mês, dados de emprego mais fracos do que o estimado.

Na agenda de hoje, o Banco Central consolida os números brasileiros de atividade no IBC-Br de julho. Já lá fora, os investidores repercutem os novos dados de produção industrial na China, nos Estados Unidos e na Zona do Euro.