O Ibovespa sofreu uma correção semanal de meio por cento, a primeira do mês de dezembro.

A retração do índice brasileiro no período foi mais moderada do que o verificado nos Estados Unidos, onde as ações do setor de tecnologia sofreram forte queda. Nomes como Adobe, Tesla e Nvidia puxaram o recuo de 3% do Nasdaq na semana passada.

O movimento foi desencadeado pelos temores relacionados ao impacto da variante ômicron sobre as economias, justamente no momento em que os maiores bancos centrais começam a reduzir os estímulos monetários introduzidos há quase dois anos.

Na semana passada, o Banco da Inglaterra deu início ao seu ciclo de alta de juros, enquanto o Federal Reserve passou a projetar três aumentos no ano que vem.

Na prática, esse é um ambiente que eleva a rentabilidade de investimentos mais seguros nos países desenvolvidos, o que tende a reduzir a atratividade dos ativos de risco.

O cenário também deu força ao dólar. Aqui no Brasil, mesmo com as atuações do Banco Central, a moeda americana subiu mais de 1% na última semana.

Na área de saúde, a rápida propagação da ômicron tem levado os países da Europa a retomarem restrições de mobilidade.

No sábado, o governo da Holanda se tornou o primeiro país do continente a declarar lockdown completo para combater a nova variante do coronavírus, interrompendo todas as atividades não essenciais até meados de janeiro. A Dinamarca também anunciou no final de semana novas restrições.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden anunciou que fará um discurso amanhã, com detalhes do plano da Casa Branca para conter o avanço da variante no país, um evento que será acompanhado com atenção pelos investidores.

Além disso, a agenda dos próximos dias está menos movimentada, tendo entre os destaques novos dados de confiança do consumidor na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil.

Por aqui, teremos ainda a prévia da inflação no mês de dezembro, que será divulgada pelo IBGE na quinta-feira.

Lembrando que a semana de negócios será mais curta, em virtude da véspera de Natal.