A aversão a risco voltou a prevalecer ontem sobre os mercados, em razão do acirramento das tensões na Ucrânia.

Um dos eventos que mais gerou cautela foi a expulsão do vice-embaixador dos Estados Unidos na Rússia, indicando a dificuldade de uma saída diplomática para a crise na região.

Além disso, o governo americano voltou a alertar que Moscou estaria de fato planejando uma invasão, acusação que vem sendo rebatida pelas autoridades russas.

Nesse ambiente, observamos uma forte demanda ontem por ativos considerados mais defensivos, como títulos do Tesouro americano e também o ouro, que encerrou a última sessão no maior nível desde junho do ano passado.

Quanto aos preços do petróleo, tivemos uma firme queda ontem, apesar dos temores relacionados à produção da Rússia.

O motivo desse alívio são as negociações para retomar o acordo nuclear do Irã, de modo que o país poderia voltar a exportar a commodity, aumentando a oferta nesse mercado.

A temporada de balanços nos Estados Unidos se encaminha para seu final. O saldo é majoritariamente positivo, mas vem sendo ofuscado pela perspectiva de aumentos de juros no país a partir de março.

Ontem, por exemplo, o Walmart ganhou 4% na Bolsa de Nova York, após anunciar um lucro trimestral acima das estimativas e divulgar projeções otimistas de vendas.

Já no setor de tecnologia, a Cisco subiu quase 3% na Nasdaq, com resultados que também superaram as expectativas dos analistas.

Por outro lado, as ações da Nvidia tiveram uma forte baixa. Apesar dos números sólidos apresentados, o mercado se mostrou preocupado com o desempenho de produtos ligados à mineração de criptomoedas.

Na agenda econômica de hoje, temos dados relativos ao mês de janeiro para o varejo no Reino Unido, a revenda de casas nos Estados Unidos e a confiança do consumidor na Zona do Euro.