Mais um candidato a imunizante contra o coronavírus empolgou o mercado ontem. Desta vez, foi a Moderna que mostrou resultados muito positivos.

Veja o Morning Call do Safra a seguir:

Segundo a farmacêutica americana, a análise dos testes com sua vacina indica que ela é mais de 94% eficaz na prevenção à doença. Na semana passada, a Pfizer relatou que a sua vacina era mais de 90% eficaz.

Dow Jones próximo de 30 mil

O anúncio de ontem levou o índice europeu Stoxx 600 a subir 1,18%, ao seu maior patamar desde fevereiro, com destaque para a bolsa de Madri, uma das que mais sofreram com a pandemia, e cujo índice Ibex 35 subiu 2,60%.

Nos Estados Unidos, as ações da Moderna terminaram com alta de quase 10%. Por lá o S&P 500 avançou 1,16% e renovou o seu recorde, assim como o índice de ações mais tradicional do país, o Dow Jones, subiu 1,60% e ficou perto de fechar pela primeira vez acima dos 30 mil pontos.

Aqui no Brasil, o Ibovespa chegou ontem ao seu maior nível de fechamento desde o início de março. Com a alta de 1,63%,o índice encerrou o dia aos 106.430 pontos, enquanto o dólar comercial recuou 0,65%, aos R$ 5,44.

Entrevista com Ricupero

E logo mais teremos mais uma entrevista da série Cenários, projeto do Safra em parceria com o Estadão. O convidado da jornalista Sonia Racy hoje será o diplomata e ex-ministro Rubens Ricupero. Acesse este link e acompanhe em tempo real, a partir das 11h.

Orçamento de 2021 gera incertezas

Internamente, a atenção do mercado volta a se concentrar em Brasília, com o fim do primeiro turno das eleições municipais. A expectativa é pelo avanço de pautas importantes no Congresso antes do recesso parlamentar daqui a pouco mais de um mês.

Nesse sentido, o time de economistas do Safra destaca a incerteza em relação à aprovação das peças orçamentárias de 2021. Isso porque, se nem mesmo as diretrizes do orçamento forem aprovadas, há riscos importantes para execução dos gastos do governo no ano que vem.

O tema não é simples, mas seu monitoramento é importante, pois algumas das propostas ventiladas para contornar essa dificuldade geram preocupações no mercado. Entre elas estão a emissão de créditos extraordinários, que poderiam ficar fora do teto de gastos, ou a prorrogação do Estado de Calamidade, medida com potencial para elevar a percepção de risco dos investidores.

Por ora, contudo, o cenário mais provável é que o Executivo busque garantir a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias até o começo de 2021.