Tivemos ontem mais um dia de recordes no mercado americano. Os índices Dow Jones e S&P 500 registraram seus maiores fechamentos, contribuindo para o bom desempenho também no mercado brasileiro.

Após um mês e meio, o Ibovespa voltou a terminar os negócios acima dos 117 mil pontos. Boa parte do avanço do índice brasileiro se deveu à Vale. Os papéis da mineradora subiram 6% ontem, após o anúncio de seu programa de recompra de ações.

Além de repercutir a melhora do mercado de trabalho nos Estados Unidos, os ativos se beneficiaram ontem de bons números sobre os serviços no país. O índice do ISM superou as expectativas e atingiu em março a sua maior leitura já registrada, indicando uma expansão expressiva no setor.

E daqui a pouco, às 11h, vai ao ar mais um episódio da série Cenários, uma parceria do Safra com o Estadão.

A jornalista Sonia Racy irá conversar com Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e atual presidente do Insper. Você pode acompanhar a entrevista por aqui.

Projeções econômicas para 2021

A economia brasileira vinha apresentando uma firme recuperação no fim do ano passado, impulsionada pelos fortes estímulos do governo. Contudo, esse movimento tem perdido ímpeto diante do agravamento da crise sanitária no país e das incertezas relacionadas às contas públicas e ao ritmo da vacinação.

Desse modo, o Safra revisou algumas projeções para 2021. O crescimento do PIB no ano deve ser de 3,2%, abaixo dos 3,5% esperados anteriormente. Esse cenário contempla um recuo da economia no segundo trimestre, seguido de uma retomada mais lenta.

O contexto atual também tem revelado chances menores de queda do dólar, de modo que esperamos agora que a moeda americana termine o ano cotada no nível de R$ 5,50. Como consequência, elevamos nossa projeção para o IPCA no ano de 4,4% para 4,9%.

Já em relação ao quadro fiscal, apesar dos ruídos envolvendo a votação do Orçamento federal, seguimos acreditando que a dívida do país tende a se manter estável em relação a 2020 e que o déficit primário do setor público não deve exceder 3% do PIB.