O Ibovespa operou em alta durante a maior parte da sessão de ontem, apesar do ambiente de maior cautela no exterior.

Antes de virar para o negativo nos últimos minutos, o índice brasileiro contou com o avanço das ações da Vale para negociar acima dos 109 mil pontos, nível que não era visto em um mês e meio.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 devolveu os lucros obtidos com o recorde alcançado no pregão anterior. A correção está relacionada ao anúncio de política monetária do Fed que ocorrerá amanhã, e que pode trazer uma retirada de estímulos mais rápida por lá.

Também pesaram sobre os negócios as incertezas acerca dos impactos da ômicron sobre as economias.

O governo do Reino Unido informou ontem o primeiro óbito associado à nova variante do coronavírus, que já provocou mais de três mil infecções na região desde o fim do mês passado.

Segundo o governo de Boris Johnson, embora os sintomas da variante possam ser mais leves, é preciso atenção para que a forte capacidade de transmissão não sobrecarregue o sistema de saúde.

Após meses de aumentos nas projeções, o Relatório Focus apresentou ontem uma melhora nas expectativas para a inflação. O movimento foi observado nas estimativas para este ano de 2021, bem como para 2023 e 2024.

Aqui no Safra, o cenário-base para o IPCA também foi ajustado para o fim do ano, após o comportamento mais contido do índice no mês passado. A previsão recuou de 10,2% para exatos 10% em 2021.

Quanto à agenda econômica, temos um dia movimentado hoje. Nesta manhã, o IBGE divulga o desempenho do setor de serviços no mês de outubro. O Safra espera queda de 1,1% na comparação com setembro.

O Banco Central, por sua vez, apresenta a Ata do Copom, com detalhes sobre a decisão de aumentar a Selic para 9,25% ao ano, e sinalizar um novo aperto de 1,5 ponto percentual em fevereiro.

Também está prevista na Câmara dos Deputados a votação das mudanças propostas pelo Senado na PEC dos Precatórios. Um dos pontos de divergência é a redução do prazo do subteto para o pagamento das dívidas judiciais dos entes federativos.

No exterior, o mercado repercute os números da indústria na Zona do Euro e o índice de preços no atacado dos Estados Unidos.