A sessão de sexta-feira foi marcada por uma correção nos mercados ao redor do mundo. Os investidores realizaram os recentes lucros em meio ao crescimento do número de casos de Covid em alguns países, em especial na Índia.

Mesmo assim, o resultado acumulado em abril foi bastante positivo. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Nasdaq tiveram ganho mensal de mais de 5%. Já na Europa, o avanço do Stoxx 600 foi de quase 2%, nível de ganho parecido com o do Ibovespa no mesmo período.

Mas o destaque no Brasil durante o mês passado foi o dólar. A moeda americana chegou a ser cotada abaixo de R$ 5,35, e terminou com recuo acumulado de 3,5%. Foi o primeiro mês de queda do dólar no país em 2021.

No noticiário interno, a taxa de desemprego apresentada na Pnad Contínua subiu para 14,4%, como projetado pelo Safra. Nos três meses até fevereiro, o número de desempregados no país foi estimado em 14,4 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012.

Teremos mais uma sequência de eventos importantes durante esta semana. Em Brasília, o andamento da reforma tributária se destaca. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro será entregue hoje.

Já na quarta-feira, iremos acompanhar a decisão de política monetária do Banco Central. Esperamos que a Selic seja elevada em 0,75 ponto porcentual, chegando a 3,5% ao ano.

A semana também trará os últimos dados mensais do IBGE sobre a indústria e o varejo, bem como mais uma rodada relevante de balanços corporativos, incluindo os resultados de Itaú, Bradesco, Gerdau e B3.

No exterior, o principal destaque é o relatório de emprego nos Estados Unidos, previsto para a sexta-feira. A expectativa mediana do mercado é que praticamente 1 milhão de postos tenham sido adicionados no país em abril.