Em semana de negócios mais curta, em virtude da véspera de Natal, a Bolsa fechou em queda de 2, 15%. Nos últimos dias, com uma agenda mais fraca, os destaques foram os novos dados de confiança do consumidor na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil.

Por aqui, a prévia da inflação no mês de dezembro, divulgada pelo IBGE na quinta-feira, foi destaque.

 Na segunda-feira. Os mercados tiveram mais uma sessão de correção ontem, com um receio mais intenso relacionado à variante ômicron do coronavírus.

 Além dos índices de ações, os preços do petróleo também passaram por uma firme queda, por conta dos possíveis impactos de novas restrições sobre a retomada da economia global.

Um exemplo foi o adiamento do Fórum Econômico Mundial, que estava previsto para ocorrer no mês que vem, na Suíça.

Pelo lado mais positivo do noticiário de saúde, a farmacêutica Moderna informou ontem que uma terceira dose da sua vacina contra a Covid seria eficaz no combate à variante ômicron, um resultado preliminar semelhante ao obtido pela Pfizer.  

No entanto, outro evento que adicionou cautela aos negócios foi a perspectiva de que o pacote de quase US$ 2 trilhões em investimentos sociais e ambientais pode não ser aprovado nos Estados Unidos. 

Isso porque o senador democrata Joe Manchin afirmou que não irá apoiar a proposta, sinalizando que o Partido Republicano poderá conseguir barrar a aprovação da medida.

Entre os fatores repercutidos pelos investidores esteve a aprovação do Orçamento de 2022 no Congresso Nacional. 

O texto concede mais de 2 bilhões de reais para reajuste de servidores do Poder Executivo, e fixa o Fundo Eleitoral em quase 5 bilhões de reais. 

Na área de saúde, a agência sanitária dos Estados Unidos ontem autorizou em caráter emergencial o uso da pílula da Pfizer contra a Covid-19, fornecendo uma ferramenta importante no combate à pandemia. 

Segundo a empresa americana, a eficácia do medicamento é bem alta, de quase 90% na prevenção contra hospitalizações. E dados preliminares indicam que o remédio funciona contra a variante ômicron.

Na quinta-feira, o destaque foi a divulgação da prévia da inflação. O IPCA-15 de dezembro registrou alta de 0,78%, pouco abaixo da nossa projeção e da mediana do mercado (ambas em 0,81%). Em 2021, o IPCA-15 acumulou alta de 10,42%, ante 4,23% registrados em 2020. Na abertura, a maior surpresa baixista do mês veio de “Transportes”, com o item “Passagem Aérea” que avançou 10,1%, enquanto esperávamos alta de 19,0%, contribuindo com quase 6 p.b. de surpresa para baixo.