A recuperação do Ibovespa esbarrou nas preocupações com a nova variante do coronavírus encontrada na África do Sul.

O índice acumulava alta próxima a 3% na semana, até desabar na sexta-feira. Assim, o resultado acumulado no período foi um recuo de 0,8%, aos 102,2 mil pontos.

O real, por sua vez, resistiu e ganhou 0,2% contra o dólar na semana. A moeda americana terminou cotada a R$ 5,59.

Batizada de ômicron, a nova variante seria mais transmissível e apresentaria mais resistência às defesas imunológicas geradas pelas vacinas e infecções.

A Organização Mundial da Saúde informou que serão necessárias algumas semanas até que essas características possam ser aferidas com maior precisão.

Ainda assim, diante do risco de recrudescimento da pandemia, diversas nações, entre elas os Estados Unidos, anunciaram restrições a viajantes vindos de países do sul do continente africano.

Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde emitiu um alerta de risco às autoridades estaduais, enquanto a Anvisa recomendou a suspensão de voos que venham da África do Sul, Botsuana e Namíbia, entre outros países.

Nesse contexto, a Europa, que já sofria um aumento de casos de Covid em alguns lugares, teve na sexta-feira o pior pregão em praticamente um ano e meio. Na semana, o Stoxx 600 perdeu 4,5%.

Nos Estados Unidos, onde a semana de negócios foi mais curta, em razão do Dia de Ação de Graças, o S&P 500 acumulou recuo de 2,2%. As variações negativas também predominaram nas bolsas asiáticas.

No mercado de petróleo, o barril de Brent despencou mais de 10% na sexta-feira, revertendo os firmes avanços de segunda e terça-feira.