O mercado brasileiro emplacou uma segunda semana consecutiva de ganhos. O Ibovespa acumulou alta de 1,9% no período, perto dos 109 mil pontos, enquanto o dólar cedeu 1,1%, cotado a R$ 5,45.

O índice brasileiro contou com a forte recuperação de ações que vinham sendo penalizadas pelo cenário de juros mais elevados, como as de construtoras e varejistas, além de outras atividades ligadas ao consumo interno.

Já nos Estados Unidos, os índices de ações passaram pela pior semana desde 2020. O S&P 500, por exemplo, fechou em queda de 5,7%.

O destaque foi a Netflix, que despencou mais de 20% no pregão de sexta-feira, em meio à cautela com a possibilidade de uma competição mais acirrada, após a empresa projetar crescimento mais lento da sua base de assinantes.

De modo geral, o momento negativo vivido pelo mercado americano está relacionado aos aumentos de juros que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve realizar ao longo do ano. Com a abertura das taxas negociadas em títulos do Tesouro americano, os ativos de renda variável operam sob pressão.

A China, por outro lado, tem promovido um relaxamento da política monetária. O governo cortou novamente a sua taxa de juros de referência, após já ter reduzido outras linhas de juros e também os recolhimentos compulsórios do sistema bancário.

O objetivo é dar suporte à atividade econômica, que perdeu fôlego no final do ano passado, além de mitigar os temores relacionados ao mercado imobiliário do país.

Nesse cenário, o índice chinês CSI 300 subiu mais de 1% na semana, enquanto o índice da Bolsa de Hong Kong ganhou 2,4%.

Outro destaque da semana foi o mercado de petróleo. O barril de Brent atingiu a maior cotação em sete anos, impulsionado pela percepção de que a oferta da commodity poderá ficar aquém da recuperação da demanda global.