Apesar das recentes correções, o Ibovespa sustentou um ganho semanal de 0,4%. No ano, o índice de ações acumula alta de 5,8%.

O melhor desempenho da semana na B3 veio dos papéis do Grupo Soma (SOMA3), que subiram 24% no período, após o dono da Animale e da Farm anunciar a oferta de 46 milhões de novas ações para financiar a compra da Hering (HGTX3).

Outro destaque do mercado brasileiro foi o Ifix. O índice de fundos imobiliários registrou valorização de 2,9% na semana. Isso porque o parecer preliminar na Câmara dos Deputados para a segunda parte da reforma tributária manteve a isenção para a classe.

Lembrando que a proposta inicial, enviada pelo governo, pretendia taxar os rendimentos pagos por esses ativos.

O ambiente interno mais positivo também se refletiu no mercado de câmbio e o real teve um dos melhores desempenhos da semana, subindo 2,3% contra o dólar. A moeda americana terminou a sexta-feira cotada a R$ 5,12.

Lá fora, as bolsas americanas recuaram na semana, após operarem nas suas máximas históricas. O S&P 500 acumulou queda de 1% nos Estados Unidos, enquanto o Stoxx 600 cedeu 0,6% na Europa.

Os negócios se desenrolaram sob influência de um novo salto da inflação na maior economia do mundo. O índice CPI subiu 5,4% em 12 meses até junho. A taxa veio acima das expectativas e foi a maior desde agosto de 2008.

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Apesar disso, as declarações do presidente do banco central americano não trouxeram novidades. Jerome Powell reiterou que ainda é cedo para reduzir os estímulos à economia americana.

Vale apontar ainda a firme queda nos preços do petróleo, ante a expectativa por um acordo entre membros da Opep+ para elevar o teto de produção, superando o impasse que impediu um acerto na semana passada.

A perspectiva de uma oferta mais robusta da commodity fez o barril de Brent, referência internacional, perder quase 3% na semana.