Após duas altas semanais, o Ibovespa voltou a recuar. O índice chegou a operar no menor nível do ano, aos 102 mil pontos. No fechamento de sexta-feira, negociava aos 103 mil pontos, registrando queda de 3,1% na semana.

O resultado, provocado em parte por incertezas com as contas públicas, ficou abaixo dos principais índices estrangeiros.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 ganhou 0,3% na semana, com direito a novo recorde de fechamento alcançado na quinta-feira e puxado pelo setor de tecnologia.

O otimismo foi limitado por comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que mostraram uma inclinação para reduzir o programa de estímulos da instituição mais rapidamente.

Em Washington, os deputados americanos aprovaram na sexta-feira o pacote de investimentos sociais e ambientais de US$ 1,75 trilhão, um dos pilares do plano do presidente Joe Biden. O projeto será agora analisado pelo Senado.

Na semana anterior, a Câmara aprovou o pacote bipartidário de US$ 1 trilhão em investimentos em infraestrutura, que já havia passado pelo Senado.

Já na Europa, o Stoxx 600 cedeu 0,1% na semana, diante da ressurgência de casos de Covid no continente. A Áustria se tornou por lá o primeiro país a reinstaurar um confinamento nacional. A Alemanha também estuda novas medidas de restrição. 

O temor de que esse fenômeno possa se repetir em outros países, atrasando a recuperação global, atingiu os preços do petróleo, levando o barril de Brent a operar abaixo de US$ 80 pela primeira vez em mais de um mês.

No mercado cambial, o dólar subiu 2,8% na semana contra o real, cotado a R$ 5,61.

Depreciação bem mais forte no período foi observada na lira turca, que perdeu mais de 10% após um corte de juros afetar a credibilidade da política monetária do país.