A recuperação do Ibovespa esbarrou na cautela dos investidores com a inflação no país. O índice de ações encerrou os negócios com queda semanal de 0,7%, aos 125 mil pontos.

Pelo lado positivo estiveram as altas de 7% das ações da JBS e da Marfrig no período, respectivamente. Contribuiu para a valorização a perspectiva de maior demanda chinesa.

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Na sexta-feira o IBGE anunciou que a alta do IPCA-15 em julho foi de 0,72%, em meio ao forte aumento das contas de luz. Foi a maior alta da prévia para este mês desde 2004.

O avanço no preço da energia elétrica foi de quase 5%, uma aceleração provocada pelo reajuste de mais de 50% no valor adicional da bandeira vermelha dois.

A variação do IPCA-15 veio acima do projetado pelo Safra e pelo consenso de mercado, gerando um impacto negativo sobre o mercado de ações, uma vez que os investidores passaram a atribuir maior chance de apertos monetários mais rápidos no país, algo que tende a esfriar a atividade econômica.

Já nos Estados Unidos, os três principais índices de ações renovaram seus recordes de pontuação, diante da divulgação de fortes balanços corporativos no país. O maior destaque foi o índice de tecnologia Nasdaq, que subiu quase 3% na semana. O tradicional Dow Jones, por sua vez, encerrou acima de 35 mil pontos pela primeira vez.

O clima também foi positivo na Europa, onde o Stoxx 600 alcançou ganho semanal de 1,5% e terminou no seu topo histórico. Segundo o PMI preliminar da Markit, a atividade na Zona do Euro atingiu em julho o maior ritmo em 21 anos.

No mercado cambial, o salto do dólar na segunda-feira foi determinante para a alta semanal de 1,9% contra o real.

Vale menção ainda a forte oscilação nos preços do petróleo. A commodity desabou no início da semana, em meio ao acordo da Opep+ para elevar a produção, mas depois enfileirou altas firmes. O barril de Brent, a referência global do mercado, subiu 0,7% na semana.