Em uma semana com apenas quatro sessões, o Ibovespa reduziu as perdas na reta final e sustentou 120,5 mil pontos no fechamento da sexta-feira. O acumulado semanal foi um recuo de 0,5%, interrompendo três semanas seguidas de valorização.

No mercado cambial, o real foi o destaque entre as principais moedas do mundo. O dólar fechou por aqui perto de R$ 5,50, com queda de 1,5% na semana.

O momento positivo teve apoio na aprovação do Orçamento federal para 2021. Em linha com o esperado, o presidente da República vetou quase R$ 20 bilhões em emendas parlamentares e despesas discricionárias, e determinou um bloqueio adicional de R$ 9 bilhões.

A decisão foi negociada com o Congresso, em acordo que retirou da meta fiscal as despesas emergenciais para combater a pandemia e seus impactos econômicos.

Ajudou também o mercado brasileiro o ambiente mais favorável no exterior, após o pregão de quinta-feira ser marcado pela cautela com a possibilidade de elevação de impostos nos Estados Unidos.

Os temores foram ofuscados pela divulgação na sexta-feira de dados que indicam um aquecimento nas economias. O PMI composto dos EUA, que engloba o setor industrial e de serviços, subiu para 62,2 pontos em abril, atingindo o maior nível da série histórica, segundo a IHS Markit.

Já o PMI composto do Reino Unido subiu para 60 pontos em abril, o maior nível em mais de sete anos.

Com isso, as perdas acumuladas na semana foram reduzidas para 0,4% no Dow Jones, 0,1% no S&P 500 e 0,2% no Nasdaq. Na Europa, o Stoxx 600 perdeu 0,8%, enquanto o Nikkei 225 caiu 2,2% no Japão.