O Ibovespa subiu 0,8% na primeira semana de agosto, aos 122,8 mil pontos. Na máxima, observada na segunda-feira, o índice operou aos 124,5 mil pontos.

Entre os destaques esteve o ganho semanal de 5% das ações da Petrobras. A estatal anunciou um lucro recorrente de quase R$ 41 bilhões no segundo trimestre.

Além disso, a companhia aprovou uma antecipação de dividendos e irá distribuir ainda neste ano um montante de mais de R$ 31 bilhões aos seus acionistas.

O dólar, por sua vez, terminou com alta de 0,5% na semana, cotado por aqui a R$ 5,24.

Internamente, os negócios foram marcados pela cautela com a situação fiscal e pelo tom mais duro do Banco Central contra a inflação.

Como se esperava, o Copom acelerou o passo e elevou a Selic em 1 ponto porcentual, para uma taxa anual de 5,25%.

Em comunicado, o comitê de política monetária da instituição explicou que a postura mais incisiva busca ancorar as expectativas de inflação, evitando uma possível deterioração adicional em meio à retomada do setor de serviços no país.

O Banco Central também citou pressões de curto prazo sobre os preços da energia e dos alimentos, decorrentes de condições climáticas adversas neste ano.

Os dirigentes sinalizaram ainda que a próxima reunião deve ter uma nova alta de mesma magnitude na Selic, e reconheceram que o atual ciclo deve levar a taxa básica de juros para um patamar acima do considerado neutro, moderando o ritmo de expansão da economia.

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No exterior, os destaques foram os novos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

O relatório oficial de emprego do país mostrou a maior criação líquida em quase um ano, com mais 943 mil postos de trabalho em julho, superando as expectativas. A taxa de desemprego, por sua vez, recuou de 5,9% para 5,4%.

O otimismo com a atividade na maior economia do mundo levou os principais índices de ações americanos a ampliarem as máximas históricas de pontuação.

O índice de tecnologia Nasdaq se destacou, com alta semanal de 1,1%.

Na Europa, o ambiente também foi favorável para o mercado de ações, em especial na França, onde o CAC 40 subiu em todos os últimos cinco pregões, acumulando alta de 3,1%.

O índice da Bolsa de Paris está a menos de 2% do seu topo histórico, alcançado em setembro de 2000.