A cautela com as tensões na Ucrânia predominou de modo generalizado sobre os mercados durante a semana, contaminando desta vez a Bolsa brasileira.

Conflitos na fronteira do país com a Rússia foram reportados nos últimos dias, e a retirada das tropas prometida por Moscou não se concretizou, segundo a Otan.

Nesse ambiente, após fechar acima de 115 mil pontos pela primeira vez em cinco meses, o Ibovespa encerrou a sexta-feira aos 112,9 mil pontos, queda de 0,6% em cinco dias.

Além das tensões geopolíticas, o índice foi pressionado pela correção das ações da Vale e da Petrobras no período, que ofuscaram o bom desempenho dos papéis do setor financeiro.

A estatal acompanhou o comportamento do petróleo, que quebrou a série de aumentos semanais que vinha de meados de dezembro do ano passado. Com a perspectiva de que a produção iraniana poderá trazer algum alívio para o mercado global, o barril de Brent cedeu 1% na semana.

O minério de ferro, por sua vez, sofreu um recuo ainda mais forte, de quase 20%, desencadeado pelos temores ante intervenções do governo da China no mercado. Foi a maior queda semanal da commodity em dois anos.

Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 perdeu 1,6% na semana, voltando a se aproximar das mínimas do ano.

Já no mercado de câmbio, o real liderou entre as principais divisas, mantendo o bom momento contra o dólar. A moeda americana terminou cotada a R$ 5,14, baixa de 1,9% na semana.

Outro destaque da semana foi o ouro, que atingiu o maior nível desde junho, impulsionado pela busca por ativos mais defensivos.