O prolongamento da guerra na Ucrânia e as sanções econômicas à Rússia ditaram mais uma vez o humor dos investidores nos últimos dias. E em meio à forte volatilidade do petróleo, o Ibovespa recuou 2,4% nas semana, aos 111,7 mil pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 2,9% no período.

Já na Europa, o Stoxx 600 subiu 2,2%, recuperando parte das quedas sofridas nas últimas semanas. Já na Ásia, a cautela prevaleceu, em especial sobre as ações chinesas, diante da pressão de reguladores americanos por maior transparência.

Entre as companhias, destaque para os ganhos de Baker Hughes, Halliburton e Schlumberger, prestadoras de serviços para o setor de óleo e gás.

O barril de Brent chegou a se aproximar dos US$ 140, maior nível desde 2008, mas cedeu para perto de US$ 112, encerrando a semana em baixa de cerca de 5%. O alívio se deu com a perspectiva de que grandes produtores globais poderiam aumentar a oferta da commodity diante das restrições às exportações russas.

No entanto, a preocupação com a inflação segue afetando os mercados. Nos Estados Unidos, a inflação anual já se aproxima de 8%, enquanto, aqui no Brasil, o IPCA acumulou alta de 10,5% em 12 meses.

O índice oficial de inflação do país acelerou para 1,01% em fevereiro. O aumento veio acima das projeções, sendo a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015. Entre os principais impactos no mês passado, o dos alimentos surpreendeu o Safra.

Os temores com a persistência da inflação em patamar elevado são acentuados pela previsão de novas pressões sobre os preços dos combustíveis.

Aqui no Brasil, a Petrobras determinou grandes reajustes sobre os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. O Congresso aprovou propostas para compensar esse movimento, mas que podem trazer incerteza fiscal.