A persistência da inflação e os recentes riscos fiscais geraram uma revisão no cenário macroeconômico projetado pelo Safra.

Nossa previsão agora é que o IPCA tenha alta de 7% em 2021. A estimativa anterior era de 6,6%. Além da pressão dos preços de alimentos, combustíveis e energia, contribui para isso o alto nível do dólar, que deve encerrar o ano no patamar de R$ 5,35, quase 5% a mais do que esperávamos anteriormente.

Vale dizer que projetamos uma desaceleração nos preços de bens em geral nos próximos meses, mas que deve ser contrabalanceada por um aumento no setor de serviços, que vem se recuperando com a vacinação.

Para 2022, em caso de estabilidade do preço de commodities e de normalização das chuvas, acreditamos que o IPCA terá alta de 3,5%, exatamente o centro da meta do Banco Central.

Mas para alcançar esse resultado, a autoridade monetária precisará elevar ainda mais o nível da taxa básica de juros. Desse modo, a projeção do Safra para a Selic passou de 7% para 7,5% até o fim deste ano, nível que deverá ser mantido ao longo de 2022.

Nesse ambiente, o ritmo de geração de empregos deve cair nos próximos meses, o que implica menor crescimento do consumo das famílias. Portanto, a projeção do Safra para o PIB de 2021 foi mantida em 4,8%, mas para 2022 foi reduzida de 1,8% para 1,4%

Safra Kepler

O momento é de revisão do cenário não apenas no Safra, mas também em boa parte do mercado. E mudanças nas expectativas costumam afetar os preços dos ativos, como temos observado ultimamente.

A Bolsa brasileira, por exemplo, tem sido pressionada pelo ambiente mais incerto. Por isso, vale lembrar que o Safra oferece opções de exposição ao mercado de ações com nível de risco mais reduzido.

Uma das principais é o Safra Kepler, fundo do tipo long & short indicado até mesmo para os investidores mais conservadores. O fundo investe na Bolsa brasileira, mas tem uma baixa correlação com o Ibovespa.

Essa estratégia busca identificar pares de ações que tenham distorções de preços, gerando oportunidades de ganhos. A exposição do fundo desse modo se concentra sobre a diferença entre os papéis analisados, e não sobre a volatilidade do mercado como um todo.

É desse modo que o Safra Kepler já acumula em 2021 um retorno de 176% do CDI, a sua referência. Um resultado expressivo sobretudo diante das reduzidas variações de suas cotas, mesmo em meio às oscilações que temos visto na Bolsa no mesmo período.