Diversos eventos, tanto internos quanto externos, seguem contribuindo para a recente volatilidade que os mercados vêm sentindo nos últimos meses. Eventos geopolíticos no oriente médio, incertezas quanto à condução da política monetária norte-americana, dúvidas quanto ao crescimento econômico chinês e até mesmo os ruídos relacionados à condução fiscal do Brasil, são alguns dos eventos que podemos elencar.

De fato, as incertezas se intensificaram no último mês e podemos nitidamente observar esses impactos nos preços da maioria dos ativos, que apresentaram desvalorização no último mês. No entanto, são em momentos assim, de forte volatilidade, que o investidor de longo prazo consegue se beneficiar das distorções de mercado, separando o ruído do sinal, e se aproveitando de ações e títulos descontados. É importante destacar que a visão principal do Comitê não se alterou de um mês para o outro.

Continuamos com o “otimismo cauteloso”, mantendo a visão positiva para investimentos em renda fixa inflação e seletivamente, em ações de empresas brasileiras negociadas na B3 (a nossa bolsa de valores mobiliários).

Nossa visão é suportada pelo ciclo de corte da taxa básica de juros em curso no país, que tem potencial de impulsionar a atividade doméstica e o resultado esperado para as empresas no próximo ano. Soma-se também o saldo positivo da balança comercial brasileira e a expectativa de aprovação das pautas de cunho fiscal em curso no poder legislativo.

Esperamos que esse conjunto de fatores forme um cenário de melhora no ambiente de negócios no Brasil, tanto para o investidor local quanto para o internacional.

No entanto, quando observamos o movimento de alta nas curvas de juros brasileiras de um mês para o outro, notamos que títulos prefixados mostram uma relação entre risco e retorno mais interessante, com taxas nominais próximas a 12% ao ano.

O mesmo movimento foi observado nas taxas dos títulos indexados à inflação que voltaram a patamares próximos a IPCA+6% ao ano.

Safra Report: onde investir em novembro

Dessa forma, o Comitê sugere que o investidor aumente levemente a sua exposição na classe prefixada e indexada à inflação, reduzindo das classes pós-fixadas, uma vez que o principal benchmark (a taxa Selic) tende a continuar o seu ritmo de queda nos próximos meses, remunerando menos a classe como um todo, e reduzindo da classe multimercado, já que esse movimento acaba acessando ativos de renda fixa de maneira indireta.

Posto isso, mantemos a visão construtiva para a classe multimercado uma vez que ela apresenta diversos benefícios para o investidor, principalmente em momentos de muita volatilidade, no entanto, preferimos uma exposição mais direta na classe de renda fixa dado o atual momento. Reforçamos a necessidade de diversificar investimentos sempre à luz do perfil do investidor e sua tolerância à variação dos preços dos investimentos.

As classes Renda fixa Inflação e Ações Locais são parte  importante, mas não o todo da alocação recomendada. Investimentos Internacionais, de Multimercado, Fundos Imobiliários e renda fixa pós-fixados e prefixados completam a recomendação e são muito importantes para o equilíbrio da relação entre retorno e risco potenciais dos portfólios.

Íntegra do Safra Report de novembro.

Abra sua conta no Banco Safra.