Para este mês de agosto, a carteira Safra Top 10 Ações traz como principal movimentação a troca de Via Varejo (VVAR3) por Multiplan (MULT3).

Apesar de acreditarmos na transformação que a Via vem realizando, vemos risco de uma desaceleração no crescimento das vendas no e-commerce com o fim da pandemia.

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Dessa forma, optamos retirar a empresa de nossa carteira para ganharmos exposição a nomes que podem se beneficiar da reabertura da economia.

Para tanto, estamos incluindo Multiplan em nossa carteira recomendada, um nome de alta qualidade dentro do segmento de shoppings.

Estamos mais confiantes com a recuperação dos resultados do setor após a divulgação do bom desempenho da Multiplan no último trimestre, e uma vez que o 2º trimestre deve ter sido o último com regras mais restritivas de distanciamento social.

Adicionalmente, fizemos um ajuste de pesos na carteira, reduzindo em 1 ponto porcentual a exposição a Vale (VALE3) e Lojas Renner (LREN3), mas aumentando em 1 ponto a exposição a Bradesco (BBDC4).

Trata-se do nosso nome preferido no seto bancário, principalmente por conta do bom momento em termos de resultados. O lucro do banco deve continuar sendo impulsionado pela menor despesa de provisão no comparativo anual.

No comparativo trimestral, a boa performance de receita combinada com uma redução de despesas deve trazer um crescimento de um digito médio para o lucro.

Veja abaixo a recomendação completa para o mês de agosto.

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Seguimos com um otimismo moderado para o mercado acionário. Por um lado, temos algumas preocupações como a crise hídrica e o ruído político. Por outro, temos a reabertura da economia e a respectiva recuperação de atividade.

A vitalidade da economia brasileira se mantém, inclusive com as estatísticas oficiais apontando expansão vigorosa do emprego formal, mas com crescente sinais de acomodação. A economia deve ser favorecida pela aceleração da vacinação, que já cobre boa parte da população mais vulnerável.

Com isso o setor de serviços, especialmente aqueles às famílias, devem acelerar sua recuperação, enquanto os segmentos que foram mais resilientes no auge da pandemia deverão arrefecer nos próximos meses.

Esse pano de fundo deverá guiar o Banco Central na sua próxima reunião de política monetária.

Apesar da indicação na última ata da intenção de manter o ritmo de aperto em 75 pontos-base, entendemos que a persistência da inflação exige um ajuste célere da taxa de juros, para evitar maior difusão do aumento de preços para outros segmentos da economia e facilitar a convergência da inflação para o centro da meta em 2022.

Assim, acreditamos que o comitê irá elevar a taxa Selic em 100 pontos-base na reunião de agosto, levando a taxa para 5,25% ao ano.

Em paralelo, tem avançado o debate sobre a reforma tributária, em especial sobre a redução das alíquotas do IRPJ e a tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos.

A proposta original, enviada pelo governo há algumas semanas, tem recebido modificações pelo relator da medida na Câmara dos Deputados, que sugerem queda de arrecadação em torno de R$ 30 bilhões no próximo ano.

Confira aqui a tese de investimento para cada companhia na Safra Top 10 Ações.