Uma aposentadoria tranquila e segurança a longo prazo são objetivos de muitos brasileiros. Com planejamento e estratégia, fica mais fácil construir uma renda para o futuro.

A Previdência Privada é uma das ferramentas mais adequadas para metas de médio a longo prazo. O motivo é o tratamento tributário diferenciado que a categoria recebe, com o objetivo de incentivar a reserva financeira dos brasileiros.

Saiba mais:
> Previdência privada: Invista para o longo prazo com benefício fiscal
> PGBL ou VGBL: Entenda como funciona cada modalidade

Além da contribuição do INSS, é possível usar a modalidade da previdência privada como um complemento à aposentadoria governamental. 

Antes de começar a investir, confira as informações mais importantes sobre a previdência privada a seguir.

O que é Previdência Privada?

Os planos de previdência são oferecidos pelas seguradoras ou pelas entidades abertas de previdência complementar. O objetivo é complementar os benefícios oferecidos pelo regime geral de Previdência Social.

Podem garantir o pagamento de um benefício ao próprio participante do plano ou aos seus beneficiários.

Entre as principais vantagens estão os incentivos tributários e a gestão profissional dos recursos aplicados, com produtos de diversos perfis de risco, desde os restritos à renda fixa até os voltados para várias classes de ativo.

Para que serve e como funciona a Previdência Privada

A Previdência Privada é uma opção de investimento a longo prazo indicada para aqueles que buscam uma renda extra além da aposentadoria governamental ou para um determinado objetivo depois de muito tempo investido.

O investidor pode contratar uma previdência privada de instituições financeiras confiáveis e devidamente regulamentadas pelo Banco Central, pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e outros órgãos. 

No portal da Susep, é possível consultar a situação da entidade que oferece planos de previdência. O site também disponibiliza uma simulação para comparar planos e instituições.

A quantia que será resgatada vai depender de critérios como o valor inicial e total que foi investido, prazo, rentabilidade e o tipo de previdência privada contratada, assunto abordado no próximo tópico.

Existem diversas formas de resgatar o benefício, as principais são os planos de resgate total, renda mensal temporário e vitalícia.

Além disso, o poder dos juros compostos pode ser maior nessa categoria. Isso porque a previdência privada não sofre incidência do ‘come-cotas’, o tributo semestral sobre o retorno dos fundos que é recolhido no último dia útil de maio e de novembro. 

Tipos de Previdência Privada

Existem duas modalidades de Previdência Privada: PGBL e VGBL. O perfil de investidor, taxas e objetivos contemplados são diferentes, por isso é importante entender como os dois tipos funcionam. 

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) conta com benefício fiscal de dedução do Imposto de Renda. Esse plano é indicado para o contribuinte que faz a declaração completa e vai investir até 12% da renda bruta anual.

O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é para o contribuinte que faz a declaração simples ou não declara o IR.

Uma distinção entre os dois tipos: todo o montante resgatado no PGBL é tributado pelo leão, já no VGBL a alíquota incide apenas no rendimento. Confira as principais vantagens das duas modalidades a seguir.

PGBL: O que é e suas vantagens

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é para aqueles que fazem a declaração completa do Imposto de Renda e são contribuintes do INSS.

A maior vantagem do PGBL é o benefício fiscal. O contribuinte pode utilizar os aportes nessa modalidade para deduzir até 12% de sua renda brutal anual, o que na prática costuma significar uma restituição maior ou pagamento menor para a Receita.

Entretanto, é preciso atenção: na hora do resgate o IR vai incidir sobre o valor total investido nessa modalidade.

VGBL: O que é e suas vantagens

O VGBL pode ser um complemento para o contribuinte que investe mais que 12% de sua renda brutal anual. Também é indicado para aqueles que declaram o Imposto de Renda no modelo simplificado.

Nesse caso, o IR incide apenas no rendimento da previdência privada.

tudo_sobre_previdencia_privada.jpg

Previdência aberta e fechada

A previdência aberta é acessível para qualquer pessoa interessada e a contratação acontece por meio de bancos ou corretoras. Nesse caso, o contribuinte tem maior liberdade para escolher o plano que melhor se encaixa com seus objetivos. 

Já a previdência fechada, também chamada de fundo de pensão, é criada e oferecida por empresas exclusivamente para seus colaboradores. É fiscalizada pela Previc

Quem paga Previdência Privada precisa pagar INSS?

Sim, a contribuição para o INSS é obrigatória para qualquer pessoa que realiza atividade remunerada. 

Para aqueles com registro em carteira de trabalho, as prestações do INSS são descontadas automaticamente na folha de pagamento. 

Profissionais autônomos e que prestam serviços eventuais sem vínculo empregatício precisam se inscrever na Previdência Social no site do INSS e pagar mensalmente a Guia de Previdência Social. 

Além da aposentadoria, a contribuição do INSS garante acesso a outros benefícios previdenciários como auxílio-doença, salário-maternidade, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. 

Portanto, a Previdência Privada é uma aplicação a longo prazo opcional, que vai complementar a renda do aposentado.

É possível fazer portabilidade?

A portabilidade de Previdência Privada apenas acontece se os planos forem da mesma modalidade, ainda que a migração aconteça internamente na instituição bancária. Portanto, não é possível trocar de plano PGBL para VGBL ou o contrário.  

Ao realizar a migração, atente-se ao regime de tributação, já que a troca só acontece do regime progressivo para o regressivo, o contrário não é permitido.

Por isso, é necessário prestar muita atenção na escolha da tabela de tributação na hora de contratar.

Como declarar Previdência Privada no Imposto de Renda

Além de entender as diferenças entre PGBL e VGBL, é preciso ter clara a diferença entre as duas tabelas de tributação do IR: progressiva e regressiva.

A tabela progressiva é a mesma que incide sobre o salário, e o que determina a alíquota é o valor a ser resgatado.

Já na tabela regressiva, a alíquota vai diminuindo com o passar do tempo, chegando ao menor a porcentagem depois de 10 anos.

Para entender como preencher os investimentos em Previdência Privada na declaração anual, confira aqui.

Quando é a hora de investir em Previdência Privada

É preciso levar em consideração que a Previdência Privada é um investimento de longo prazo. Caso contrário, pode ser realizado de maneira ineficiente.

Se o investidor tem capacidade de manter os recursos aplicados por períodos maiores, é um opção capaz de trazer rentabilidade líquida adicional.

E vale lembrar que o efeito dos juros compostos joga a favor do investidor: quanto mais cedo puder começar a investir para a aposentadoria, por exemplo, mais facilmente poderá alcançar o nível de renda complementar almejado.

Converse com um especialista para planejar os seus investimentos de longo prazo.