A última semana ofereceu novas sinalizações para a economia nacional e internacional. No entanto, também ganhou destaque o noticiário político, que deve continuar a rondar as atenções dos investidores nesta semana — relembre em detalhes tudo o que aconteceu no nosso resumo da semana. Confira, abaixo, os principais eventos que devemos esperar para os próximos dias.

Noticiário político

Esta semana deve ser marcada por novos desenvolvimentos no ministério da Saúde. Na sexta-feira, o então ministro Nelson Teich pediu demissão com menos de um mês no cargo, sem explicar à imprensa os motivos de sua decisão. Deste modo, fica a expectativa pelo novo nome para assumir o ministério.

Ainda no terreno da política, os investidores seguem atentos aos desdobramentos do inquérito que apura as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. As investigações tratam de possível interferência do governo na Polícia Federal.

Veto presidencial

Havia a expectativa de que na semana passada o governo vetasse a possibilidade de reajuste salarial a servidores públicos até o final de 2021. O assunto permanece em foco, uma vez que esse é um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes. O governo tem até o dia 27 de maio para sancionar o projeto de socorro a estados e municípios, que inclui em um de seus trechos a possibilidade de reajuste salarial.

Coronavírus

As notícias envolvendo o combate ao novo coronavírus também seguem no radar e devem ser acompanhadas com atenção. Na semana passada, a reabertura de economias na Europa e na Ásia levaram a temores sobre a possibilidade de uma segunda onda de contaminações. Sinalizações nesse sentido, bem como informações sobre a evolução de vacinas, devem continuar no foco dos investidores.

Agenda de lives

Aqui no Safra, continuamos com as nossas lives para contextualizar e explicar o momento atual, trazendo a visão de especialistas em suas áreas de atuação. Nesta segunda-feira, às 15h, conversaremos com o diretor de crédito do BNDES, Petrônio Cançado.

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Pesquisa do BC reduz projeções para a economia

Toda manhã de segunda-feira é divulgada a Pesquisa Focus. Esse é um levantamento do Banco Central feito regularmente com participantes de mercado. Desta vez, o mercado reduziu as estimativas para juros, inflação e economia no ano. A expectativa para a taxa Selic é de 2,25% ao ano, para o IPCA é de 1,59% e para o PIB é de uma queda de 5,12%.

Os números são muito próximos daqueles estimados pelo nosso time de Macroeconomia, que também projeta uma taxa Selic em 2,25%, IPCA em 1,6% e PIB com uma retração de 5,2%.

Discursos do BC americano

As declarações do presidente do BC americano, Jerome Powell, têm sido acompanhadas com atenção pelos investidores para monitorar a reação da autoridade monetária da maior economia do mundo à crise atual. Há a expectativa de que Powell faça declarações na terça-feira e na quinta-feira.

Além das declarações de Powell, será divulgada também a ata da última reunião de política monetária nos EUA. O documento costuma trazer mais detalhes sobre a visão da autoridade monetária sobre a economia e a crise atual. A publicação será na quarta-feira.

Arrecadação federal

No Brasil, o destaque da agenda de indicadores econômicos fica por conta dos dados de arrecadação federal de abril, que irá traduzir pela primeira vez os impactos do novo coronavírus na arrecadação em um mês inteiro, uma vez que as medidas de distanciamento social começaram a ser colocadas em prática em meados de março. A expectativa do nosso time de Macroeconomia é que o número recue de R$ 109,7 bilhões em março para R$ 98,7 bilhões em abril. A divulgação será na quarta-feira.