Embora a agenda de indicadores seja menos movimentada, o calendário político e corporativo deverá ser monitorado de perto nesta semana.

Isso porque será dada a partida na bateria de balanços relativos ao segundo trimestre. Além disso, o governo federal deverá enfim apresentar sua proposta de reforma tributária. Confira abaixo os principais eventos no radar do mercado.

Impostos e reforma

A Receita mostra nesta segunda-feira o resultado da arrecadação federal em junho. A equipe de Macroeconomia do Safra espera que os impostos coletados tenham avançado de R$ 77,4 bilhões para R$ 86,7 bilhões.

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Mas o mercado deverá dedicar uma atenção maior à reforma tributária neste início de semana. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que enviará a primeira parte da proposta do governo ao Congresso nesta terça-feira. Trata-se de uma das principais apostas do Executivo para uma agenda econômica positiva no pós-pandemia.

Segundo o ministro, essa versão não terá o imposto sobre pagamentos eletrônicos, que deverá ficar para uma segunda etapa. A primeira parte da proposta irá propor a unificação de impostos federais e estaduais.

Balanços do 2º tri

As principais empresas do país irão divulgar nas próximas semanas seu desempenho no segundo trimestre de 2020, o período mais agudo da crise do coronavírus até o momento. Nesta semana o destaque vai para WEG e Lojas Renner, que irão abrir seus livros na quarta e quinta-feira, respectivamente.

Emprego nos EUA

Na quinta-feira, o governo americano irá divulgar os dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos. A previsão dos analistas é que o total de novos pedidos tenha se mantido na casa dos 1,3 milhão na semana passada.

Essa é uma das estatísticas de alta frequência mais importantes para o mercado. Embora o número venha em queda, ele ainda está muito acima do nível pré-pandemia.

Prévia da inflação

Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA-15, uma prévia da inflação oficial de julho. A expectativa do mercado é de aceleração para 0,55% no mês. Já nossa equipe de Macroeconomia espera avanço de 0,51%, deixando o acumulado em 12 meses em 2,35%.