A semana que se inicia trará menos indicadores econômicos, mas ainda prevê fortes números corporativos. A temporada de balanços relativos ao 2º trimestre se estende ao Brasil, com os números da Neoenergia (NEOE3) e da Hypera Pharma (HYPE3).

Internamente, os analistas irão aguardar pela divulgação do IPCA-15 de julho. Lá fora, dados preliminares de atividade poderão apontar se a economia global está perdendo ritmo.

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Já entre os eventos mais importantes se destacam as decisões de juros na China e na Zona do Euro. Confira abaixo alguns pontos para acompanhar nos próximos dias.

Segunda-feira: Expectativa para inflação

Pela manhã, serão atualizadas as expectativas do mercado coletadas pelo Banco Central no Relatório Focus.

A previsão mediana relativa ao IPCA vem subindo para 2021 e cedendo para 2022, que é o ano relevante para a política monetária atualmente. Na última edição, as projeções eram de 6,11% e de 3,75%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, destaque para o balanço corporativo da IBM referente ao 2º trimestre. Mais tarde, serão divulgados os dados de inflação e balança comercial no Japão em junho.

Terça-feira: Juros na China

O destaque será o anúncio sobre a taxa de juros de referência na China. O mercado não espera mudanças, em um momento de desaceleração da atividade na segunda maior economia do mundo.

Vale lembrar que o país cortou há alguns dias a taxa de compulsório para o sistema bancário.

O mercado acompanhará ainda o total de licenças de construção reportadas em junho nos Estados Unidos.

E após o fechamento do mercado, serão divulgados os balanços da Neoenergia (NEOE3), no Brasil, e da Netflix, nos Estados Unidos. Na Europa, sairá o resultado da Volvo.

Quarta-feira: Balanços nos EUA

Teremos uma quarta-feira mais vazia de indicadores econômicos, de modo que os eventos corporativos ganham destaque, com a divulgação dos resultados trimestrais da Johnson & Johnson, Coca-Cola e Verizon. Na Europa, reportam resultados SAP e ASML.

Quinta-feira: Juros na Europa

Os investidores irão monitorar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Diante das preocupações com a variante delta do coronavírus, um aperto ainda não é esperado por lá, embora a última reunião tenha revelado que alguns dirigentes estão inclinados a reduzir os programas de compra de ativos.

Um ponto importante é que, segundo Christine Lagarde, presidente do BCE, o forward guidance da instituição será revisado.

Nos Estados Unidos, destaque para os números semanais de seguro-desemprego e para o total de vendas de casas usadas em junho.

Teremos ainda os balanços de Intel, Abbott, AT&T e Danaher. Na Europa, sairão os balanços da Roche e Unilever.

Sexta-feira: Prévia da inflação

O principal número sobre a economia brasileira na semana deverá ser o IPCA-15, com a prévia da inflação observada em julho.

O Safra prevê alta de 0,62%, abaixo do verificado em junho. Em 12 meses, o índice deve acumular 8,48%. Os destaques de alta devem ser a energia (por conta da bandeira vermelha 2) e os transportes (com o aumento das passagens aéreas).

No exterior, os investidores irão acompanhar a leitura preliminar do PMI composto calculado pela Markit para Zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos em julho.

Os números serão monitorados com atenção, pois podem reforçar uma percepção de queda no ímpeto da atividade ao redor do mundo, após a forte recuperação dos meses anteriores.

Teremos ainda os dados do varejo no Reino Unido em junho, bem como a decisão de política monetária na Rússia.

No calendário corporativo, a Hypera Pharma (HYPE3) apresentará seu balanço do 2º trimestre, após o fechamento do mercado.