A economia dos Estados Unidos permaneceu forte no último trimestre de 2021, beneficiada pelos estímulos fiscais e monetários no país. Nesse ambiente, a taxa de desemprego por lá, que havia começado o ano passado acima de 6%, recuou para apenas 3,9% em dezembro.

A previsão do Safra é que o movimento de queda siga em curso, levando a taxa a 3,5% até o final deste ano, um patamar historicamente baixo.

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Com isso, e considerando que o banco central americano já atingiu seu objetivo de inflação, há indícios de que os estímulos fornecidos no auge da pandemia não são mais necessários.

Assim, o cenário-base do Safra prevê agora que o início dos aumentos irá ocorrer em março. Ao longo de 2022, deve haver quatro altas de 0,25 ponto porcentual, o que indica que a taxa de juros real irá permanecer negativa.

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Atualmente, os preços do mercado refletem uma taxa anual real, isto é, descontando a inflação, em torno de -2% ao longo dos próximos dois anos, e de quase -1% na média dos próximos dez anos.

Esses níveis retratam condições financeiras relaxadas, e que contrastam com a taxa de equilíbrio estimada pelo Fed, que se encontra positiva em cerca de 0,5%.

Empresas americanas

A perspectiva de apertos monetários nos Estados Unidos tem gerado volatilidade neste início de ano. No entanto, seguimos acreditando que a exposição ao mercado americano é importante para a diversificação das carteiras dos investidores.

Uma maneira de buscar essas oportunidades, e se posicionar de acordo com as mudanças no ciclo de juros, é a seleção cuidadosa de empresas. E uma opção para isso é a carteira Safra Top 10 BDRs.

Trata-se da carteira recomendada de BDRs da nossa corretora, que acumulou valorização de 57% em 2021, bem acima dos 39% apresentados pelo índice S&P 500.

Entre os principais nomes que impulsionaram a Top 10 BDRs no ano passado estiveram a fabricante de chips gráficos Nvidia e a petroleira ConocoPhillips, que registraram ganhos de mais de 100%. Outros destaques foram o banco Goldman Sachs e as gigantes de tecnologia Google e Microsoft.

Para este mês de janeiro, a carteira traz a inclusão do banco Wells Fargo, que deve se beneficiar do aumento de juros por conta da sua maior exposição ao crédito.