O grande tema do mercado neste início de ano tem sido a resposta do Fed à inflação americana, que persiste em patamares historicamente elevados.

Há poucos meses, o cenário da maioria dos investidores previa em torno de três aumentos de juros no ano, e com o ritmo usual da instituição, que é de 0,25 ponto percentual a cada reunião.

Hoje, porém, parte do mercado já espera sete altas de juros em 2022, inclusive com um ritmo inicial mais acelerado, de 0,5 ponto. Esse movimento foi reforçado na semana passada pela leitura do índice de inflação CPI, que atingiu o maior nível anual desde 1982.

Nesse cenário, o Safra não descarta um ritmo mais forte de aperto monetário nos Estados Unidos a partir de março. No entanto, é importante destacar que a inflação no país deve arrefecer, especialmente no segundo semestre.

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Isso porque a redução dos estímulos fiscais e monetários devem conter o consumo de bens por lá. Além disso, as cadeias de produção começam a dar sinais de melhora, a exemplo da normalização observada em portos importantes como o de Los Angeles, na Costa Oeste do país. Também são importantes os preços das commodities, que continuam voláteis, mas podem desacelerar à frente, reduzindo a pressão inflacionária.

Ou seja, acreditamos que o Fed conta com ferramentas para lidar com a situação, ainda que isso possa provocar uma desaceleração significativa da atividade econômica.

Top 10 Ações

Se a perspectiva de aumentos de juros vem pressionando as ações nos Estados Unidos, aqui no Brasil, onde o ciclo de aperto monetário já está mais avançado, a percepção que prevalece é que os ativos de risco estavam em níveis excessivamente descontados.

Com isso, ainda que existam desafios importantes no cenário interno, o Ibovespa tem exibido um dos melhores desempenho do ano, graças, em grande parte, à entrada de investidores estrangeiros.

E vale lembrar que a seleção criteriosa de empresas pode proporcionar retornos ainda mais atrativos do que os obtidos pelo índice. Exemplo disso é a valorização da Safra Top 10 Ações, a carteira recomendada da nossa Corretora.

Em janeiro, o portfólio apresentou alta de quase 11%, contra avanço de 9% do Ibovespa no mesmo período. E desde o lançamento da carteira, em 2012, a rentabilidade considerando o reinvestimento de dividendos é de 221%, ante 81% do índice.

Olhando à frente, a carteira elevou em fevereiro a exposição ao setor de petróleo, por meio da entrada da companhia 3R, que deve se beneficiar do nível elevado de preço da commodity.

Além disso, o portfólio promoveu um ajuste dentro do setor bancário para buscar um posicionamento mais favorável nesta temporada de balanços, uma leitura que se concretizou na última semana.