A projeção do Banco Central para a inflação neste ano de 2022 foi elevada recentemente de 4,7% para 5,4%. Essa revisão foi um dos destaques da última decisão de política monetária da instituição, e está associada a novas premissas adotadas para preços regulados no país.

O Safra avalia que boa parte desse aumento se deve à atualização do preço internacional do petróleo, que afeta a inflação esperada para itens como gasolina, óleo diesel e gás de cozinha.

O nosso cenário-base, por exemplo, prevê que o IPCA subirá 4,7% no ano, considerando que o preço do petróleo estará em US$ 80 por barril. No entanto, se essa cotação avançar para US$ 100, calculamos que a inflação poderia saltar para 5,3%.

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Mas, se o preço do petróleo representa um risco para a inflação, entendemos que também existem fontes de alívio no radar. A principal seria a redução das cobranças adicionais sobre as contas de luz.

O próprio Banco Central passou a considerar bandeira vermelha patamar um ao fim do ano. Não fosse esse ajuste, estimamos que a projeção da autoridade para inflação superaria os 5,7%.

E a perspectiva do Safra para o preço da energia elétrica é ainda mais positiva. Tomando como base as projeções de geração do órgão formado pelas empresas do setor, podemos chegar ao fim do ano com a bandeira amarela.

Mas não descartamos a possibilidade de que as chuvas permitam, ainda neste ano, a adoção da bandeira verde, na qual não há cobrança adicional.

Crédito privado no Safra

Com a Selic atingindo níveis de dois dígitos, é natural observar um aumento na procura por ativos de renda fixa. Por isso, vale dizer que alguns produtos podem melhorar o potencial de retorno nessa categoria, mantendo um patamar de risco compatível com a grande maioria dos perfis de investidor.

Um exemplo são os fundos de crédito privado, que trazem títulos de dívida emitidos por empresas e instituições financeiras, que podem oferecer no médio e longo prazo uma rentabilidade líquida superior aos papéis do Tesouro.

Aqui no Safra, temos diversos produtos com essa característica, como a família Safra Capital Market, que traz uma composição balanceada, mantendo parte do patrimônio em títulos públicos de alta liquidez e baixa volatilidade, e outra parte em ativos de crédito privado.

Outra boa opção são os fundos de infraestrutura do Safra, que trazem exposição ao mercado de debêntures incentivadas, oferecendo assim isenção tributária para o investidor pessoa física. Nesse caso, as estratégias estão mais atreladas ao IPCA, buscando com isso garantir ganhos acima da inflação.

Além disso, nossos clientes podem negociar ativos específicos de renda fixa por meio da Tesouraria do Safra, com emissão do próprio banco ou de terceiros, com emissões primárias e também secundárias.

Vale destacar que o cenário macroeconômico é um desafio inclusive para o mercado de crédito privado, mas que o Safra tem uma visão positiva para a qualidade dos emissores de dívida, que de maneira geral têm sustentado bons ratings, com caixa fortalecido e passivos alongados.