A inflação de novembro surpreendeu novamente. O IPCA acelerou de 0,86% em outubro para 0,89% no mês passado, segundo números publicados pelo IBGE nesta terça-feira, 8. A previsão do nosso time de Macroeconomia, bem como do mercado, era por uma desaceleração na alta dos preços.

Nossos especialistas pontuam que apesar do resultado acima do esperado, a composição do IPCA foi relativamente positiva.

Ainda assim, com o resultado desta terça-feira, a projeção do IPCA para o ano, de 4,4%, está sob revisão e com viés de alta. O centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional e perseguida pelo Banco Central, é de 4% para este ano. Hoje marca, também, o primeiro dos dois dias de reuniões do Copom – entenda aqui como é o encontro. A expectativa é pela manutenção da taxa Selic em 2% ao ano.

Os números de novembro

O avanço de 0,89% nos preços de novembro sobre outubro representa a maior alta para um mês de novembro desde 2015, segundo o IBGE.

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Nosso time de Macroeconomia destaca que a principal surpresa veio do grupo “Alimentação e bebidas”, que marcou alta de 2,54% nos preços, acima dos 2,21% previstos, bem como nos preços de combustíveis, que subiram 2,44%.

No entanto, nossos especialistas pontuam que tanto os preços de alimentação quanto de combustíveis devem desacelerar já no curto prazo.