O principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, retomou a trajetória de ganhos, em desempenho que seguiu o comportamento dos mercados internacionais. O índice fechou em alta de 0,67%, aos 95.975 pontos. Já o dólar comercial encerrou em baixa de 2,25%, aos R$ 5,15.

Confira os destaques do dia, explicados pelo estrategista Jorge Sá:

Noticiário internacional

O tom seguiu positivo logo pela manhã, quando o presidente americano Donald Trump reforçou que o acordo comercial com a China permanecia intacto, afastando temores de uma escalada na guerra comercial.

Notícias da Europa também geraram um otimismo adicional. Novos dados sobre a atividade nos setores industrial e de serviços mostraram uma recuperação acima da esperada neste mês. Essa é mais uma leitura que reforça a percepção de que o pior para a crise, na economia, pode estar ficando para trás.

Votação do marco regulatório do saneamento

No Brasil, temos algumas notícias relevantes para setores em específico. Segundo levantamento publicado pelo Estadão, o novo marco legal do saneamento deve ser aprovado sem dificuldades pelo Senado nesta quarta-feira. A medida prevê novos investimentos no setor e o aumento na participação da iniciativa privada.

Socorro ao setor elétrico

Ontem, a Aneel também aprovou o socorro financeiro às distribuidoras de energia elétrica. A operação terá um teto de pouco mais do que R$ 16 bilhões. O aumento na conta de energia, que aconteceria neste ano, será diluído pelos próximos cinco anos.

Live Safra

E hoje damos sequência à nossa agenda de lives para comentar os impactos do novo coronavírus em diferentes áreas. O tema de hoje é o novo normal na vida corporativa, com executivos da Mercer e da Michael Page. A transmissão começa às 15h em nosso canal do YouTube.

Anúncios do Banco Central

Ontem tivemos uma série de anúncios importantes do Banco Central. Logo pela manhã, foi divulgada a ata da última reunião do Copom. O documento trouxe mais detalhes sobre a decisão de juros.

Os membros do Copom discutiram, por exemplo, que estamos próximos de um nível no qual cortes adicionais de juros podem ser contraproducentes. Nosso time de Macroeconomia analisa, no entanto, que ainda há espaço para ajuste adicional. Com isso, mantemos a projeção da Selic em 1,5% ao ano. Para mais detalhes sobre essa análise, clique aqui.

O BC também anunciou algumas medidas de crédito. Destaque para uma linha de empréstimos para o capital de giro para micro, pequenas e médias empresas, com potencial para liberar até R$ 127 bilhões na economia. Os empréstimos terão prazo mínimo de três anos, e as operações podem ser contratadas até o final deste ano.

Também com foco em empresas de menor porte, o Banco Central autorizou os bancos a deduzirem do recolhimento compulsório sobre a poupança os empréstimos para capital de giro. Essa medida é válida apenas para as operações com empresas que tenham faturamento anual de até R$ 50 milhões, e podem liberar quase R$ 56 bilhões em crédito.

Segundo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, as medidas têm como objetivo manter o sistema financeiro sólido e com liquidez. Ele acrescentou que os números de maio mostraram uma estagnação nos empréstimos para pequenas e médias empresas.

O BC também anunciou uma medida voltada para pessoas físicas, permitindo o uso de imóveis como garantia em mais de um empréstimo. Segundo o presidente da instituição, essa medida tem como potencial destravar até R$ 60 bilhões em crédito. Para essa medida, deverá ser publicada uma medida provisória ainda nesta semana.