O Ibovespa chegou a negociar bem próximo dos 100 mil pontos ontem, mas moderou os ganhos nas últimas horas da sessão. Ainda assim, o índice conseguiu sustentar uma variação positiva, apesar das quedas de mais de 1% nas bolsas dos Estados Unidos.

Por lá, o mercado chegou a se entusiasmar com as negociações de novos estímulos econômicos, mas cedeu diante da leitura de que resta pouco tempo para um acordo. A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, definiu que hoje termina o prazo para que haja um acordo para que o pacote de estímulos seja aprovado antes das eleições.

Veja o Morning Call completo abaixo:

Compromisso fiscal

Internamente, os negócios ganharam força após declarações de autoridades que reforçaram o compromisso com a responsabilidade fiscal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o presidente Jair Bolsonaro está ao seu lado no apoio ao teto de gastos.

Antes disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já havia afirmado que não existe possibilidade de se prorrogar para o ano que vem o Estado de Calamidade, que desobriga o governo de cumprir a meta fiscal.

Vacinas anti-Covid

Também monitoramos ontem as novidades em relação ao desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus. O fundo russo responsável pelo financiamento da Sputnik V informou que o imunizante pode começar a ser produzido no Brasil em dezembro. O governo do Paraná fechou acordo para fabricar a substância, e o da Bahia já acertou a compra de 50 milhões de doses.

Já aqui em São Paulo, o diretor do Instituto Butantan afirmou ontem que os testes da CoronaVac realizados no Brasil não registraram efeitos colaterais graves, o que faria dessa vacina preliminar a mais segura até o momento. Os estudos sobre a eficácia da substância ainda estão por ser divulgados.

BC e Ministério da Economia

Apresentamos no último Morning Call a projeção atualizada do Safra para a economia brasileira em 2020. Pois ontem tanto o governo, quanto o Banco Central revelaram novas estimativas para o PIB do país.

Em uma videoconferência transmitida ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que espera uma queda em torno de 4,5% em 2020. Trata-se de um número mais positivo do que a projeção de queda de 5% anunciada no último Relatório de Inflação da autoridade monetária.

Já o ministro Paulo Guedes previu, em outro evento virtual, que o PIB do país terá baixa de 4% no ano. O número é melhor do que o tombo de 4,7% previsto em setembro pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.