O Ibovespa, o principal índice de ações da Bolsa, seguiu na contramão do mercado internacional e fechou o dia de ontem em queda de 0,50%, aos 120.636 pontos. Já o dólar comercial encerrou em alta de 0,78%, cotados aos R$ 5,34.

Confira os principais assuntos do mercado no Morning Call.

Desde que o índice alcançou a máxima histórica no início do mês, temos observado mais volatilidade no mercado brasileiro.

Na visão dos nossos especialistas, esse movimento pode continuar no curto prazo, devido a um cenário que ainda é de algumas indefinições, em especial quanto ao ritmo das vacinações em meio às dificuldades sobre a compra de insumos para a produção dos imunizantes.

Ontem, também se destacou a queda nas ações de mineradoras e siderúrgicas, seguindo um recuo no preço do minério de ferro. O setor, no entanto, vem de fortes ganhos neste início de ano.

Apesar da volatilidade, reforçamos que seguimos com uma visão positiva para o mercado acionário neste ano, que ainda traz a perspectiva de avanço de reformas em um cenário de liquidez global.

Estímulos nos EUA

Sobre este último assunto, Janet Yellen, escolhida por Joe Biden para liderar o Departamento do Tesouro nos Estados Unidos, defendeu em audiência no Senado o pacote de US$ 1,9 trilhão à economia.

Yellen reconheceu que o déficit nas contas públicas é uma preocupação, mas que sem novos auxílios a economia será ainda mais prejudicada. Essa injeção de liquidez tem sido um dos principais fatores para o desempenho dos mercados ao redor do mundo.

Ainda nos Estados Unidos, esta quarta-feira marca a posse de Joe Biden, em um evento que acompanharemos com atenção.

Reunião do Copom

Após o fechamento dos mercados, será divulgada a primeira decisão do Copom de 2021. Este tema é relevante porque influencia na atividade econômica, nas perspectivas de inflação e nos retornos dos investimentos.

Há um consenso de que as taxas de juros permanecerão em 2% ao ano nesta reunião. A principal incerteza é se o Banco Central irá manter ou retirar a prescrição futura.

Essa é uma sinalização que o BC adotou no ano passado para indicar ao mercado que os juros continuarão baixos nas próximas reuniões, mas em dezembro a autoridade monetária adiantou que essa sinalização pode ser excluída do comunicado em breve.

Para o nosso time de Macroeconomia, as condições para a retirada da prescrição futura ainda não foram alcançadas, e por isso essa mudança na comunicação aconteceria somente em março. No entanto, reconhecemos que há a possibilidade da alteração hoje.

Você pode conferir nossa análise completa com as expectativas para o Copom aqui.