Os últimos dias foram de volatilidade nos mercados financeiros ao redor do mundo, levando o Ibovespa a encerrar o primeiro mês do ano em queda de 3,3%. Na Europa e nos Estados Unidos, o mês de janeiro também ficou no negativo, em cerca de 1%.

Apesar do início da vacinação em diferentes países, o mercado acompanhou o avanço no número de casos, o ritmo da imunização menor que o esperado e sinais de desaceleração na atividade em algumas das principais economias.

Eleição no Congresso

Para hoje, o destaque fica para o comando do Senado e da Câmara, com as eleições marcadas para esta noite. Levantamentos na imprensa colocam os candidatos apoiados pelo governo, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, como os favoritos na disputa.

O tema é acompanhado com atenção porque são os líderes das duas casas que ditam a agenda de votações no Congresso, em um ano em que esperamos o andamento das reformas estruturais na economia.

Greve dos caminhoneiros

Os últimos dias também foram marcados pelas incertezas se haveria adesão a uma nova greve dos caminhoneiros, marcada para esta segunda-feira. 

Entre os principais pontos, a categoria mostra insatisfação com a alta no diesel e pede uma revisão no reajuste da tabela de frete para o transporte rodoviário de carga.

Hoje, no entanto, os primeiros sinais são de que as rodovias seguem sem interdições.

Estímulos nos EUA

Nos Estados Unidos, as discussões sobre o pacote de estímulos de 1,9 trilhão de dólares continuaram neste fim de semana. Um grupo de 10 senadores republicanos escreveu a Joe Biden propondo um pacote menor, de cerca de 600 bilhões de dólares, mas que permitiria uma aprovação bipartidária mais rápida.

Agenda da semana

Na agenda da semana, também vamos acompanhar números sobre a produção industrial brasileira de dezembro, indicadores de atividade sobre a economia americana em janeiro, além do relatório de emprego nos Estados Unidos.

Balanços de bancos, setor com grande peso no Ibovespa, também ganham força, com o resultado do Itaú hoje à noite e do Santander e do Bradesco na quarta-feira. Nosso time de analistas segue otimista com os números.

Confira o resumo da semana passada e a agenda desta semana.

Alta nos juros em maio

Comentamos na semana passada sobre a ata do Copom, quando o comitê do Banco Central detalhou a mudança em sua comunicação sobre os juros baixos.

Diante desse novo cenário, nosso time de Macroeconomia revisou as projeções para a taxa Selic. Agora, prevemos que os juros devem voltar a subir em maio, com uma elevação de 0,25 ponto percentual, dando início a um novo ciclo de alta.

A taxa Selic, hoje em 2% ao ano, deve encerrar 2021 aos 3,75%, caso a recuperação da economia se sustente. A subida nos juros, no entanto, pode ser antecipada para a próxima reunião, em março, se o risco fiscal aumentar.