Com mais uma alta ontem, o Ibovespa passou a acumular uma recuperação de mais de 4% nas últimas cinco sessões, devolvendo parte dos recuos sofridos na segunda metade de outubro.

Internamente, o índice brasileiro tem se beneficiado de um cenário fiscal relativamente menos nebuloso.

Lá fora, o mercado reduziu a cautela com o mercado imobiliário da China, vislumbrando possíveis alívios regulatórios de Pequim, o que beneficiou os preços do minério de ferro e, consequentemente, as ações da Vale.

Em Brasília, o governo federal anunciou ontem a prorrogação por mais dois anos da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.

E na agenda de indicadores, o IBGE mostrou um resultado abaixo do esperado no varejo. O volume de vendas recuou 1,3% na passagem de agosto para setembro.

O resultado está associado à inflação, que reduz o poder de compra das famílias e tem afetado bastante o comércio de combustíveis e alimentos, por exemplo. Nesse sentido, o Safra espera uma nova queda no próximo levantamento.

Vale lembrar que hoje o IBGE apresenta mais um dado econômico importante, desta vez sobre o setor de serviços. A projeção do Safra é de queda de 0,7% na margem.

Como mostramos no Safra Report, após um mês de outubro bastante turbulento, passamos a recomendar que as carteiras mantenham uma parcela menor alocada em renda variável local.

Essa redução é compensada pelo aumento na participação da renda fixa pós-fixada, que se beneficia do nível mais alto da Selic e contribui para diminuir a volatilidade esperada dos portfólios.

Isso porque ainda vivemos um momento de incerteza com as contas públicas que tem afetado as expectativas para a inflação, exigindo apertos monetários que atingem tanto o desempenho da atividade econômica quanto os preços dos ativos.

Mas vale lembrar que seguimos com nossas recomendações em renda variável internacional e em fundos multimercado.