O mercado brasileiro reabre hoje, às 13 horas, após dois dias sem negociações. Na semana passada, o principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, acumulou queda de 0,7%, com as dúvidas sobre o retorno do auxílio emergencial e seus impactos nas contas públicas permanecendo no centro dos debates.

Os detalhes sobre o auxílio emergencial ainda não foram revelados. Seguiremos monitorando este assunto nestes próximos dias.

Commodities em alta

O mercado americano também permaneceu fechado na segunda-feira. Os negócios foram retomados ontem, em um dia próximo da estabilidade, seguindo perto de suas máximas históricas.

Empresas ligadas ao setor de commodities, em especial mineradoras, apresentaram forte desempenho tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Com isso, o índice de ADRs, que representa papéis de empresas brasileiras negociadas em Nova York, avançou 1,5% ontem.

E nesta quinta-feira, os mercados americanos negociam em ALTA/BAIXA/PRÓXIMOS DA ESTABILIDADE.

Vacinação no Brasil

Além de acompanhar a questão fiscal, a vacinação permanece como outro foco de atenção para os investidores.

Durante os últimos dias, diversas capitais alertaram para a falta de doses para continuar a campanha de vacinação.

Já o Ministério da Saúde anunciou ontem a compra de 54 milhões de doses da Coronavac, levando o total adquirido do imunizante a 100 milhões de doses. A previsão é que todas elas sejam entregues até setembro.

Ata do Fomc

Para hoje, um dos principais destaques no noticiário internacional deve ficar para a ata do Fomc, às 16 horas. Esse é o documento do Fed, o banco central americano, que detalha as decisões de política monetária.

O mercado monitora essa divulgação em busca de pistas sobre os próximos passos da instituição.

Novas projeções para Selic e IPCA

A inflação continua a apresentar sinais de alta, especialmente no curto prazo.

Fatores como a bandeira tarifária amarela nas contas de luz e a alta nos preços dos combustíveis, por exemplo, não estavam no cenário base de nossas projeções.

Assim, agora passamos a prever uma inflação mais forte neste primeiro trimestre, com o IPCA acumulado destes três meses devendo chegar a 1,3%. Nossa estimativa anterior para este período era de 1%.

Alguns dos fatores que pressionam a inflação, no entanto, devem ceder ao longo do ano, por isso mantemos a projeção do IPCA de 2021 em 3,4%.

Mas a pressão dos preços neste primeiro trimestre deve fazer com que o Copom dê início ao ciclo de alta dos juros já na próxima reunião. Por isso, agora projetamos que a Selic deve subir de 2% para 2,25% ao ano em março.