A semana passada foi de volatilidade, com o Ibovespa encerrando em queda de 1,24%, aos 114.781 pontos, e o dólar ultrapassando novamente a marca dos R$ 5,70, após valorização de 4,73%.

Temas para acompanhar

E os principais assuntos que movimentaram os últimos dias também devem continuar no radar dos investidores nesta semana.

São temas como ações de combate à pandemia no Brasil e na Europa, movimentações no campo político, questionamentos sobre o Orçamento e impactos nos preços do petróleo em meio à paralisação do Canal do Suez.

Agenda econômica

Já a agenda econômica prevê novas sinalizações sobre o emprego e a indústria, no Brasil e no mundo.

Por aqui, por exemplo, teremos números do Caged, nesta segunda-feira, e da PNAD Contínua, na quarta-feira. E nos Estados Unidos, o destaque fica para o relatório de emprego, na sexta-feira.

Vacinas

Ainda nesta semana, é esperado o resultado da Anvisa sobre o pedido de uso emergencial da vacina da Janssen. Já o prazo para a análise do pedido da Sputnik V foi suspenso, segundo a agência, por falta de documentos.

Ainda no noticiário sobre a vacinação, a Fiocruz recebeu neste domingo insumos suficientes para produzir 12 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Com as remessas recebidas na semana passada e a previsão para os próximos dias, a Fiocruz deve entregar 23 milhões de doses entre abril e maio.

Você pode conferir em detalhes o Resumo da Semana e a Agenda da Semana

Cenários alternativos para a economia

Comentamos nas últimas edições deste Morning Call sobre os desafios que o agravamento na crise da covid-19 trazem para as previsões econômicas.

Para oferecer mais clareza sobre o que esperar para frente, desenhamos dois cenários alternativos. No primeiro, a restrição mais intensa de mobilidade se estende até o fim de abril, e a atividade econômica retoma lentamente em maio e junho, e ganha tração apenas em julho, com o avanço da vacinação.

Esse cronograma representa uma queda de 2,6% no PIB do segundo trimestre, mas com a recuperação no segundo semestre levando a um crescimento de 2,6% no ano.

No segundo cenário alternativo, acrescentamos ao primeiro cenário uma expansão fiscal para amortizar os impactos da desaceleração econômica.

Considerando um pacote de 100 bilhões de reais, ele poderia diminuir o impacto negativo no PIB deste ano, mas, com a situação fiscal já fragilizada, ele também pode trazer impactos negativos nas condições financeiras. Isso poderia diminuir o crescimento de 2022 em 1,8 ponto percentual, com impactos também nos preços dos ativos.

Portanto, uma eventual ação fiscal para mitigar os impactos da crise deve ser conduzida com cuidado e, possivelmente, com contrapartidas em termos de reformas econômicas.