Na semana passada, os mercados registraram um desempenho histórico. O Ibovespa subiu 8,3% e o dólar se desvalorizou 6,4% frente ao real, na maior queda semanal em 12 anos.

Uma série de fatores contribuíram para esse movimento. Entre eles, está a reabertura de economias ao redor do mundo, inclusive aqui no Brasil, testes que têm se mostrado mais promissores em busca de uma vacina contra o novo coronavírus, novos estímulos financeiros por parte de bancos centrais, e dados econômicos que, embora negativos, têm surpreendido algumas projeções, levantando a questão se o pior para a economia mundial já passou.

Os Estados Unidos, por exemplo, surpreenderam na sexta-feira ao anunciar a criação de dois milhões e meio de postos de trabalho em maio. A expectativa do mercado era no sentido contrário: por uma perda de sete milhões e meio de empregos.

Confira estes e outros assuntos no Morning Call desta segunda-feira, com nosso estrategista Jorge Sá:

Agora, para essa semana, todos esses temas que movimentaram os últimos dias continuam no radar. É importante seguirmos monitorando os números da economia e os novos sinais de combate à pandemia. Hoje, por exemplo, a cidade de Nova York, que é a cidade mais impactada pela doença no mundo, inicia sua primeira fase de reabertura econômica.

Acordo no petróleo

Ainda no cenário internacional, um tema que temos acompanhado com atenção é o preço do petróleo. No final de semana, tivemos mais uma boa notícia para esse mercado: a Opep e outros grandes produtores, grupo conhecido como Opep+, concordou em estender o corte de produção até o final de julho, prolongando um acordo que tem ajudado a recuperar os preços do petróleo.

Destaque da semana

 

Por aqui, a semana será mais curta para os investidores, devido ao feriado de quinta-feira. O destaque da semana deve ficar para quarta-feira, quando saem os números do IPCA para maio no Brasil, com projeção de deflação de quase meio por cento. Nesse mesmo dia, o banco central americano faz sua reunião para discutir a política de juros, com o sempre aguardado discurso do presidente da instituição, Jerome Powell. 

A expectativa é que não tenham grandes mudanças na política monetária. No entanto, todos ficaremos atentos para observar como o BC americano está avaliando a situação atual da economia e se há sinais sobre seus próximos passos.

Queda da Selic

Ainda no campo da política monetária, o time de Macroeconomia do Safra publicou na sexta-feira um relatório no qual enxerga espaço adicional para corte dos juros no Brasil, com a Selic podendo ir para um nível ainda menor do que a atual projeção dos 2,25% ao ano. 

Essa possibilidade se abre por conta de uma nova estimativa para a taxa de câmbio, que passou de R$ 5,40  para R$ 5,20 para o final deste ano. Essa mudança incorpora uma diminuição na aversão ao risco global, bem como uma redução no risco político no país e a melhora das contas externas. Agora, nosso time de Macroeconomia vai aguardar a reunião do banco central na semana que vem para avaliar com mais precisão os próximos passos da política monetária.

Onde investir em junho

Com mudanças mais frequentes no cenário econômico, e os juros podendo cair a patamares ainda mais baixos, uma das dúvidas mais comuns entre os investidores é como montar uma carteira de investimentos nesse cenário. 

Respondemos essa pergunta todos os meses no Safra Report, um relatório mensal onde analisamos a economia e os investimentos, e ainda apresentamos sugestões de carteiras ajustadas para cada perfil de risco.

Em todas elas, é muito importante ter portfólios diversificados e com visão de médio e longo prazo. Assim, a renda fixa, os fundos multimercados, a renda variável e os fundos imobiliários se complementam em praticamente todos os portfólios. Cada um tem uma função relevante, e com uma série de alternativas de produtos para escolher. Para conferir a nossa visão para este mês, clique aqui.