Ontem voltamos a ver um dia de volatilidade nos mercados financeiros ao redor do mundo. Destaque para as negociações na Europa, onde o índice Eurostoxx 600 fechou em queda de 2,33%. No Brasil, o recuo do Ibovespa foi de 1,86%, aos 115.823 pontos. Já o dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,80%, cotado a R$ 5,12.

Confira os principais assuntos do mercado financeiro em nosso Morning Call:

Coronavírus

O crescimento na aversão a risco ocorreu por causa das incertezas trazidas pela nova cepa do coronavírus identificada no Reino Unido. Segundo o governo britânico, essa variante pode ser até 70% mais contagiosa, o que fez com que dezenas de países fechassem as fronteiras para voos vindos do Reino Unido, como falamos na edição de ontem.

A notícia ofuscou o importante acordo para o pacote fiscal de US$ 900 bilhões que congressistas americanos costuraram no fim de semana.

A Organização Mundial de Saúde, a OMS, declarou ontem que a nova cepa do coronavírus não está fora de controle, mas ressaltou que os bloqueios são prudentes.

Depois dos fortes ganhos das últimas semanas, esse foi mais um motivo para os investidores realizarem os lucros recentes.

Agora, é importante monitorarmos se outros países também adotarão medidas restritivas e quais efeitos isso poderá trazer sobre a recuperação econômica mundial.

No entanto, lembramos que apesar do cenário poder trazer volatilidade no curto prazo, seguimos com a visão construtiva para o mercado de renda variável no médio prazo. Nossos especialistas projetam a Bolsa aos 131 mil pontos no final do próximo ano.

Arrecadação Federal

No Brasil, conhecemos ontem os números da arrecadação federal de novembro, que subiu mais de 7% na comparação com novembro do ano passado, para R$ 140,1 bilhões. O dado veio melhor que o projetado pelo nosso time de Macroeconomia, que esperava por uma arrecadação de R$ 138 bilhões.

Esse também foi o melhor resultado para o mês desde novembro de 2014, na série ajustada pela inflação.

Fundos Imobiliários

Neste ano, tivemos mudanças importantes nas carteiras de investimentos.

Uma das classes de ativos que chama atenção é a dos fundos imobiliários, que permitem às pessoas físicas, com um valor de aplicação baixo, investir em empreendimentos de diferentes setores da economia.

Um de seus diferenciais é a possibilidade de distribuir rendimentos isentos do imposto de renda para pessoa física todos os meses.

Ainda assim, os fundos imobiliários têm algumas particularidades, que podem gerar dúvidas. Apesar de ser constituído como fundo de investimento, suas cotas são negociadas em Bolsa, exatamente como uma ação de empresa listada.

Para ajudar a explicar como funcionam os fundos imobiliários e como investir, publicamos hoje em nossa Central de Conteúdo o último e-book da série Primeiros Passos.

E, se você já conhece este mercado, também publicamos todos os meses a carteira sugerida de fundos imobiliários. Você pode conferir a carteira de dezembro aqui.