A semana foi marcada pelos recordes de pontuação nos índices estrangeiros S&P 500 e Stoxx 600, termômetros dos mercados de ações americano e europeu, respectivamente.

Os ganhos foram sustentados pela alta velocidade da vacinação nos Estados Unidos, maior economia do mundo. Além disso, nos últimos dias o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reforçou seu compromisso em não retirar estímulos, apesar dos sinais de que uma firme retomada da atividade está em curso no país.

Com isso, o S&P 500 teve alta semanal de 2,7%. Na Europa, os índices de Paris e Frankfurt renovaram suas máximas, o que, somado à recuperação em Londres, levou o Stoxx 600 a acumular alta de 1,2%.

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O cenário externo favorável ao risco deu força aos ativos brasileiros. Mesmo sem um acordo em Brasília sobre ajustes no Orçamento federal, o Ibovespa subiu 2,1% na semana, aos 117,7 mil pontos. Já o dólar cedeu 0,7%, cotado acima de R$ 5,67.

Na B3, os destaques de alta na semana foram Méliuz (CASH3; +28,7%), Banco Pan (BPAN4; +21,6%) e Enjoei (ENJU3; +21,8%). Pelo lado negativo estiveram Sequoia Logística (SEQL3; -8,8%), AES Brasil (AESB3; -8,1%) e Mobly (MBLY3; -5,7%).

Internamente, a sinalização positiva ficou por conta da arrecadação inicial obtida pelo governo com as outorgas de aeroportos, que superou em mais de R$ 3 bilhões o valor mínimo no edital.

O governo também acertou a concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, assim como cinco terminais portuários.

Crescimento global

Ainda chamou a atenção na semana a revisão das projeções do FMI para a economia global. O organismo internacional agora espera que o mundo cresça 6% em 2021, número melhor do que o divulgado em janeiro.

Essa seria a expansão mais rápida desde 1980, e, segundo o fundo, depende do sucesso das campanhas de vacinação nos países. O crescimento previsto para os Estados Unidos no ano é de 6,4%, e para a China, de 8,4%. Já o PIB brasileiro deve subir 3,7%, segundo o FMI.

Projeções do Safra

O Safra, por sua vez, também revisou algumas projeções para 2021. O crescimento do PIB no ano deve ser de 3,2%, abaixo dos 3,5% esperados anteriormente. Esse cenário contempla um recuo da economia no segundo trimestre, seguido de uma retomada mais lenta.

O contexto atual também tem revelado chances menores de queda do dólar, de modo que esperamos agora que a moeda americana termine o ano cotada no nível de R$ 5,50. Como consequência, elevamos nossa projeção para o IPCA no ano de 4,4% para 4,9%.

Nossa projeção para a inflação foi reiterada após o IPCA de março, divulgado nesta semana. O índice registrou alta de 0,93% na comparação com fevereiro.