Em julho, a Carteira Recomendada de Ações do Safra apresentou valorização de 6,28%, quarto mês de alta, assim como o Ibovespa. Das ações selecionadas por nossos especialistas no mês passado, os melhores desempenhos vieram de Bradespar (+21,44%), JSL (+12,76%) e Magazine Luiza (+12,68%).

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A JSL tem sido menos impactada pelos efeitos da pandemia do coronavírus em função da sua atuação em operações que foram consideradas essenciais, e que se mantiveram ativas durante o período de distanciamento social.

Sobre Bradespar, a equipe da Safra Corretora estima que o valor de mercado atual da empresa esteja descontado em 19% em relação ao valor da sua participação na Vale. Além disso, a retomada do crescimento de produção da mineradora no segundo semestre deverá mais do que compensar a queda esperada do preço de minério de ferro.

Recomendações para agosto

Para o mês de agosto, Luis Azevedo, Cauê Pinheiro e Silvio Doria, estrategistas da Safra Corretora, retiraram as ações de Magazine Luiza e BRF, e incluíram as ações de Hermes Pardini, Fleury, Gerdau, Tegma e Via Varejo.

Incrementam desse modo a participação dos setores de saúde, siderurgia e transportes na carteira. Veja abaixo o portfólio indicado para este mês:

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Sai

  • BRF (BRFS3): Nosso time está antecipando possíveis pressões de custo devido ao aumento de preço dos grãos.
     
  • MAGAZINE LUIZA (MGLU3): Um movimento de realização de lucros. Nossos especialistas decidiram colocar a empresa Via Varejo no lugar.

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  • VIA VAREJO (VVAR3): Apesar da queda de receitas e da provável pressão de margem bruta, a companhia deverá mostrar um grande crescimento nas vendas online, além de um grande avanço em suas iniciativas digitais. Com o sucesso da capitalização, Via Varejo é considerada por nossos especialistas a principal empresas para surfar a volta da atividade econômica.
     
  • HERMES PARDINI (PARD3): A recuperação de resultados dos laboratórios pode estar acontecendo de forma rápida, após as restrições de circulação ocasionadas pela pandemia de Covid-19. As análises de nossa equipe apontam para uma rápida recuperação de demanda nos testes recorrentes (não relacionadas ao coronavírus). Além disso, os testes de Covid estão em processo de expansão, representando um incremento relevante de faturamento. Dessa forma, a companhia já deve rodar a partir do 3T20 com crescimento de lucro e com boas perspectivas para os próximos anos.
     
  • FLEURY (FLRY3): A companhia também se beneficia da tendência de rápida recuperação de resultados de laboratórios, o que já pôde ser constatado na divulgação de resultados do 2T20. Além disso, Fleury está fortalecendo sua plataforma de saúde, um negócio complementar à sua operação de medicina diagnóstica, e que tem um potencial de crescimento relevante nos próximos anos dentro da tendência global de maior eficiência em saúde.
     
  • GERDAU (GGBR4): Entre as siderúrgicas, a Gerdau deve ser a menos impactada pelos efeitos da pandemia devido à maior exposição ao setor de construção, que se mostrou resiliente no segundo trimestre e tem boas perspectivas para o restante do ano.
     
  • TEGMA (TGMA3): Nosso time espera uma gradual recuperação para os resultados da empresa nos proximos meses, impulsionada pelo reestabelecimento da operação de transporte de veículos novos, que foi negativamente afetada pelas medidas adotadas para contenção do coronavirus no país. A retomada deverá ter como ponto de partida o reinicio das atividades das montadoras de veículos, e deverá ser reforçada pelo aumento da demanda pelo segmento, impulsionada pelas condições atrativas de crédito ao consumidor. O resultado negativo esperado para o 2T20 já está no preço.