A agenda de indicadores reserva uma semana importante para a economia no Brasil. Serão conhecidos uma série de números sobre a situação fiscal, mercado de trabalho, inflação e indústria.

Também vale acompanhar o primeiro debate presidencial nos EUA entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden, na noite de terça-feira. As eleições estão marcadas para daqui pouco mais de um mês, em 3 de novembro.

Selecionamos, abaixo, os principais eventos econômicos que podem movimentar o mercado nesta semana.

Segunda-feira: Crédito e dívida pública

O Banco Central divulgou os números do estoque de crédito para agosto nesta manhã, apontando um crescimento de 12,1% na comparação com agosto de 2019, aos R$ 3,7 trilhões. Em relação a julho, o aumento foi de 1,9%.

Também foi revelada a Pesquisa Focus do Banco Central com agentes do mercado financeiro. O levantamento semanal mostrou um aumento nas expectativas de inflação deste ano, com a estimativa para o IPCA passando de 1,99% na semana anterior para 2,05% nesta. Para o PIB, tivemos poucas alterações, com a projeção passando de uma retração de 5,05% para uma de 5,04%.

Ainda hoje, às 14h30, o Tesouro Nacional deve revelar o relatório mensal da dívida pública, tema que tem permanecido em foco nas últimas semanas.

Terça-feira: Caged, fiscal e inflação

Ao longo do dia, o Caged revela os dados de criação líquida de empregos formais para agosto. Nosso time de Macroeconomia projeta um avanço dos 131 mil postos de trabalho em julho para 187 mil no último mês.

No mesmo dia, o Tesouro Nacional mostra o resultado primário do Governo Central. Nossa expectativa é que o déficit seja reduzido de R$ 87,8 bilhões em julho para R$ 66,3 bilhões em agosto. Este número é importante para estudar a tendência da situação fiscal do governo.

Às 8h, a FGV também divulga o IGP-M para setembro. O índice de inflação tem chamado a atenção por mostrar valores muito acima do IPCA. A expectativa do time de Macroeconomia do Safra é que o IGP-M avance de 2,74% em julho para 4,39% em agosto, na comparação mensal. Para entender as diferenças de metodologia entre o IGP-M e o IPCA, clique aqui.

No cenário internacional, os EUA ainda divulgam o índice de confiança do consumidor para setembro, divulgado pelo Conference Board. O mercado projeta um avanço de 84,8 pontos para 89,8 pontos.

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Quarta-feira: Dados de Emprego

Às 9h, o IBGE divulga mais uma informação sobre o mercado de trabalho. Desta vez, a PNAD Contínua revela a taxa de desemprego trimestral para julho. Nossos especialistas projetam avanço de 13,3% para 13,7%.

Logo em seguida, às 9h15, os EUA conhecem o número de criação de postos de trabalho no setor privado, divulgado pelo ADP Employment. A projeção é de avanço de 428,4 mil para 650,0 mil. Às 9h30, os EUA também divulgam a última revisão para o PIB do segundo trimestre.

Às 9h30, mais um dado fiscal importante: o Banco Central divulga o resultado primário do setor público. Este é um dado mais abrangente do que o divulgado pelo Tesouro Nacional na véspera. 

Quinta-feira: Inflação e indústria nos EUA

Às 9h30 os EUA publicam dados de inflação. O PCE, índice que mede os preços de consumo das famílias, deve mostrar aceleração de 1% em julho para 1,2% em agosto, segundo estimativas do mercado. O núcleo do índice, que exclui itens mais voláteis, também deve ganhar força, passando de 1,3% para 1,4%.

Às 11h30, será conhecido o índice de atividade industrial para setembro, medido pelo ISM. A projeção do mercado é por manutenção em 56 pontos.

No Brasil, ao longo do dia a Fenabrave divulga os números de vendas de automóveis para setembro.

Sexta-feira: Indústria no Brasil, relatório de emprego nos EUA

A semana se encerra com indicadores importantes no Brasil e nos EUA. Às 9h, o IBGE revela a produção industrial de agosto. Nosso time de Macroeconomia prevê uma desaceleração do crescimento de 8% em julho para uma alta de 3,4% em agosto, na comparação mensal. Em relação a agosto do ano passado, a expectativa é de queda de 2,8%.

Às 9h30, os EUA divulgam o relatório de emprego para setembro. O documento traz informações como variação nos postos de trabalho, rendimento médio por hora trabalhada e a taxa de desemprego, que deve recuar de 8,4% para 8,2%, conforme projeções do mercado.