A próxima semana será mais curta no Brasil por conta do feriado no dia 2. Ainda assim, as agendas estão bem movimentadas, sobretudo nos Estados Unidos.

Por lá, já na terça-feira, dia 3, ocorrem as eleições presidenciais. A confirmação do nome de Donald Trump ou Joe Biden, no entanto, pode não sair no mesmo dia, dada a complexidade do sistema eleitoral americano.

O mercado deve seguir acompanhando de perto cada passo do pleito até o anúncio definitivo de quem irá liderar a maior economia do mundo até 2024.

Veja abaixo quais outros eventos devem receber atenção do mercado na semana que vem. E, para relembrar como foi a última semana de outubro, clique aqui.

Balança comercial

No Brasil, o Ministério da Economia divulgará na terça-feira o saldo da balança comercial em outubro.  A expectativa mediana do mercado e do time de Macroeconomia do Safra é que o superávit siga na casa dos US$ 6 bilhões.

A previsão de nossos especialistas é que as exportações tenham somado US$ 18,7 bilhões, contra US$ 12,7 bilhões em importações.

Produção industrial

Na quarta-feira, o IBGE informa o desempenho da indústria brasileira em setembro. Nossos especialistas estão mais otimistas do que o consenso de mercado e esperam uma alta de 2,9% na comparação com agosto, o que colocaria o nível da produção do setor 3,6% acima do registrado em setembro de 2019.

A federação de montadoras Fenabrave também deve revelar pelo meio da semana o resultado das vendas de veículos já em outubro.

Juros e emprego nos EUA

Na quinta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga sua decisão para a taxa básica de juros nos Estados Unidos. A maioria dos analistas prevê manutenção da faixa entre zero e 0,25% ao ano.

No dia seguinte, será conhecida a taxa de desemprego americana em outubro. O mercado estima um recuo de 7,9% para 7,6%, com criação líquida de 600 mil postos de trabalho.

IPCA e IGP

Na sexta-feira, o IBGE volta aos holofotes para apresentar a leitura do índice oficial do país em outubro. Em linha com o mercado, a equipe de Macroeconomia do Safra acredita que o IPCA tenha acelerado para 0,81%, elevando o acumulado em 12 meses a 3,87%.

Vale lembrar que o cenário-base do Safra para o índice passou de 2,9% para 3,1% em 2020. No ano que vem, a previsão é de avanço 3,5%. 

No mesmo dia, a FGV mostra a variação do IGP-DI, índice que vem se destacando nos últimos meses pelas fortes altas. Isso porque sua composição é majoritariamente ligada ao comportamento dos preços no atacado.

A projeção de nossos economistas é de alta de 3,29% em outubro, impulsionando a variação em 12 meses a 21,53%.

Por fim, é esperado que a associação de montadoras Anfavea divulgue na sexta-feira os dados de produção de veículos relativos a outubro.