Se a semana anterior foi de poucos indicadores econômicos, desta vez a agenda está repleta de sinalizações importantes para a economia, especialmente no lado internacional.

Indicadores de atividade econômica devem mostrar retrações históricas, trazendo as primeiras leituras de algumas das principais economias do mundo do período mais crítico da crise da Covid-19.

Confira, abaixo, os destaques para cada dia da semana.

Terça-feira: mercado de trabalho no Brasil

O governo divulga ao longo do dia os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o CAGED. Os números irão trazer uma visão sobre junho, e espera-se um ritmo menor de destruição de postos de trabalho na comparação com o mês anterior.

Segundo nosso time de Macroeconomia, deve ter havido uma destruição de 165,0 mil postos de trabalho em junho. Esse número se compara a uma perda de 331,9 mil postos no mês anterior.

No mesmo dia, às 10h30, o Banco Central divulga os números de conta corrente e de investimento direto no país para junho. A expectativa é de evolução sobre o mies anterior, com um superávit projetado de US$ 2,4 bilhões na conta corrente e um investimento direto no país de US$ 3,8 bilhões.

Quarta-feira: desemprego no Brasil e juros nos EUA

Dois indicadores devem dividir as atenções neste dia. Às 9 horas, o IBGE divulga a PNAD Contínua, com a taxa de desemprego trimestral. Nosso Departamento de Macroeconomia projeta um avanço dos 12,9% em maio para 13,4% em junho.

No mesmo dia, às 15h, o banco central americano, o Fed, anuncia sua decisão de política monetária. O mercado espera a manutenção dos juros no intervalo de 0% a 0,25% ao ano, mas as atenções devem se voltar para o discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, às 15h30.

Ainda na quarta-feira, o Tesouro Nacional divulga o relatório mensal da dívida pública referente a junho.

Quinta-feira: forte retração no PIB dos EUA

Um dos indicadores mais aguardados da semana, o PIB dos Estados Unidos será divulgado às 9h30 vai trazer mais informações sobre o período mais agudo da crise, o segundo trimestre. Segundo o consenso de mercado compilado pela Bloomberg, espera-se uma retração de 35% sobre o resultado do primeiro trimestre. Vale lembrar que nos EUA o PIB trimestral é divulgado de modo anualizado.

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No mesmo horário, também conheceremos os números de novos pedidos de seguro-desemprego na semana passada nos EUA. Na última semana, esse indicador contrariou as expectativas de estabilidade e marcou o primeiro aumento desde março, ligando um sinal de alerta quanto à recuperação da economia. Desta vez, o mercado espera mais uma alta, passando de 1,4 milhão para 1,5 milhão.

Ainda na quinta-feira, na agenda local teremos um indicador importante para avaliar a situação fiscal: o Tesouro Nacional divulga o resultado primário do Governo Central para junho. Nosso time de Macroeconomia projeta um déficit de R$ 192,5 bilhões.

Sexta-feira: PIB na zona do euro e Inflação nos EUA

No fechamento da semana, o noticiário internacional deve seguir aquecido. Às 6h, a zona do euro também divulga seu PIB do segundo trimestre. A projeção do mercado é por uma retração de 12% na comparação com o primeiro trimestre.

Já os EUA divulgam seus dados de inflação para junho às 9h30. O consenso do mercado projeta uma aceleração da inflação, passando de 0,5% na comparação anual em maio para 0,9% em junho. O núcleo da inflação, no entanto, deve permanecer estável em 1%.

No Brasil, às 10h30, teremos mais um indicador sobre a situação fiscal: o Banco Central divulgará o resultado primário do setor público, com projeção de déficit de R$ 197,7 bilhões em junho.