O avanço da inflação veio novamente mais forte do que o esperado, subindo 1% em fevereiro e acumulando 10,5% em 12 meses. Se, por um lado, os preços de serviços ficaram levemente abaixo do projetado, por outro, os bens industriais continuaram pressionados, em especial os itens de higiene pessoal.

Com isso, os núcleos de inflação monitorados pelo Banco Central aceleraram, um comportamento que provavelmente será visto pela autoridade monetária como incompatível para o alcance das metas da instituição.

Nesse contexto, a previsão do Safra é que o IPCA siga em nível elevado em março e também em abril, perto de 1% ao mês, um ritmo bem acima do esperado no começo do ano.

Somente o forte reajuste de combustíveis, anunciado em meio à guerra na Ucrânia, deve elevar em mais de meio ponto percentual a inflação do curtíssimo prazo, com impacto distribuído nos próximos dois meses. Além disso, o conflito também pressiona as commodities agrícolas.

Desse modo, o Safra calcula que a variação anual do IPCA atingirá um novo pico em abril, passando de 11%. Já a partir de maio, a expectativa é de um arrefecimento importante, graças à provável queda nas tarifas de energia elétrica.

Vale dizer que a recente apreciação do real, caso perdure, representa uma possibilidade de alívio para a inflação, assim como a normalização das cadeias de produção. No entanto, a persistência das commodities em patamar elevado, e problemas relativos à produção agrícola, como uma eventual escassez de fertilizantes, são riscos importantes.

Em que pesem essas incertezas, o cenário-base do Safra para o IPCA em 2022 foi ajustado de 5,2% para 5,8%. Lembrando que o consenso de mercado coletado no último Relatório Focus prevê inflação de quase 6,5%, e que o centro da meta do Banco Central no ano é de 3,5%.

Proteção contra inflação

Como sempre costumamos lembrar aos nossos clientes, a inflação é um desafio para a economia, mas também para os investidores, que devem permanecer atentos à rentabilidade real dos seus investimentos.

Por isso, é importante destacar que o Safra oferece uma diversidade de produtos que trazem proteção contra a inflação e que podem gerar uma rentabilidade líquida superior àquela dos títulos do Tesouro Nacional.

Entre as opções mais tradicionais estão os papéis de renda fixa atrelados a índices de preços. São títulos negociados na Tesouraria do Safra, com emissão do próprio banco ou de terceiros, caso em que o investidor pode acessar tanto as emissões primárias quanto oportunidades no mercado secundário.

Além disso, existe a Carteira Administrada de Produtos Isentos de Imposto de Renda. A maior parte desse portfólio hoje é composto por ativos atrelados ao IPCA, sejam eles debêntures, letras de crédito ou certificados de recebíveis para o setor imobiliário ou o do agronegócio.

A gestão é realizada por profissionais especializados no mercado de renda fixa, que se mantêm atentos ao cenário macroeconômico, setorial e dos mercados de crédito, em busca da melhor combinação de risco e retorno.

E vale ainda mencionar os COEs da família Inflation, estruturados pelo Safra para oferecer oportunidades de ganhos, e garantindo como rentabilidade mínima o valor da aplicação inicial corrigido pela inflação acumulada no período.