O Banco Central divulgou as estatísticas do setor externo nesta terça-feira, 28. Em junho, o resultado em transações correntes foi superavitário em US$ 2,2 bilhões, resultado abaixo do esperado pelo mercado. Essa categoria contabiliza negócios de mercadorias e serviços do Brasil com outros países, bem como transferências de renda.

Em junho de 2019, o país havia registrado déficit de US$ 2,7 bilhões. Segundo o BC, a mudança no mês passado veio principalmente da redução no déficit em serviços e do aumento no superávit comercial.

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Nos doze meses anteriores, a conta corrente acumula déficit de US$ 38,2 bilhões, equivalente a 2,35% do PIB, mostrando desaceleração em relação ao acumulado até maio (2,54% do PIB). Nosso time de Macroeconomia destaca que esse movimento era esperado, em função da crise econômica.

Do lado do financiamento, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 4,8 bilhões em junho, melhor do que a expectativa do mercado. Em doze meses, esses investimentos somaram US$ 71,7 bilhões até junho (4,4% do PIB).

Após exibir o menor resultado da série histórica em abril, o IDP vem se recuperando, apontam nossos especialistas, mas ainda assim deve ficar abaixo do observado em 2019.

Já os investimentos em carteira registraram ingresso líquido de US$ 2,380 bilhões em junho, após quatro meses de saídas líquidas.