Ontem, tivemos mais um dia de movimentos descolados do exterior. Enquanto o principal índice de ações da bolsa brasileira, o Ibovespa, caiu 1,57%, na Europa e nos Estados Unidos as negociações encerraram em alta ou próximas da estabilidade, com o americano S&P 500 avançando 0,36% e o europeu EuroStoxx 600 em leve queda de 0,07%. Já o dólar comercial encerrou o dia em baixa de 0,60%, cotado a R$ 5,28.

Confira as explicações em nosso Morning Call:

Bancos em destaque

Por aqui, em um dia sem grandes destaques no noticiário econômico internacional, as ações do setor bancário se sobressaíram com quedas mais fortes. As ações do Bradesco (BBDC4) encerraram em baixa de 2,09%, enquanto as do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 3,06% e as do Itaú Unibanco (ITUB4) perderam 5,83%.

Elas representam mais de 15% do Ibovespa. E reagiram à notícia de que entrou na pauta de votação do Congresso o projeto de lei para um teto sobre a cobrança de juros no cartão de crédito e no cheque especial.

As ações do Itaú Unibanco também pressionaram a Bolsa com uma forte queda após divulgar um resultado do segundo trimestre abaixo do esperado. Você pode ler nossa análise completa aqui.

Indústria e auxílio-emergencial

Na economia, a produção industrial de junho trouxe uma boa notícia ao crescer 8,9% sobre maio, superando as projeções do nosso time de Macroeconomia. No entanto, a despeito da recuperação, a atividade segue 13,5% abaixo do nível observado antes da pandemia.

A imprensa também noticiou a possibilidade de ampliação do auxílio-emergencial até o final do ano. Essa medida teria um impacto positivo sobre a atividade, mas também representaria mais uma preocupação no lado fiscal.

Nosso time de Macroeconomia reforça que, agora, a discussão central passa a ser o cumprimento ou não do teto de gastos no próximo ano, conforme comentamos no início da semana.

Reunião do Copom

Seguimos na expectativa pela reunião do Copom, que divulga a decisão de política monetária hoje à noite. Nosso time de Macroeconomia projeta uma queda da taxa Selic para 2% ao ano, e será importante avaliar o tom do comunicado para buscar pistas sobre os próximos passos. Segundo nossas projeções, o corte desta quarta-feira deve encerrar o ciclo de queda nos juros. Você confere a análise completa para a reunião do Copom aqui.