Na semana passada, a despeito de toda a volatilidade que observamos, o Ibovespa acumulou uma leve queda, em retração de 0,9%. Já o dólar comercial se desvalorizou mais de 2% após intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.

No radar

Agora, com a PEC emergencial aprovada no final da semana passada, aguardamos a publicação da medida provisória que define o retorno do auxílio emergencial.

Além disso, seguimos atentos ao noticiário envolvendo o combate à covid-19 e monitoramos novidades no campo político.

Troca no ministério da Saúde

Sobre este tema, a imprensa noticiou durante o final de semana que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deverá deixar o comando da pasta.

Seguiremos monitorando este assunto. 

Prévia do PIB

E para os próximos dias, também teremos uma agenda importante para acompanhar na economia.

Logo mais, às 9h30, o Banco Central divulga o IBC-Br de janeiro. Esse é um indicador de atividade, conhecido como prévia do PIB. Projetamos crescimento de 1,2% sobre o mês de dezembro, e queda de 0,5% na comparação com janeiro de 2020.

'Super quarta'

Mas as atenções da semana se voltam para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na quarta-feira.

As duas reuniões serão acompanhadas de perto pelos investidores. Isso porque no Brasil, o Copom deve dar início ao ciclo de alta nos juros, levando a Selic de 2% para 2,5% ao ano.

E, nos Estados Unidos, o mercado aguarda novas sinalizações do banco central sobre o cenário para a inflação e os juros, temas que têm trazido volatilidade aos mercados americanos.

Novo cenário econômico

Nas últimas semanas, temos acompanhado algumas mudanças em nossas premissas.

O cenário externo, apesar de positivo para os emergentes, agora apresenta mais riscos. E internamente, vemos um momento mais desafiador para o curto prazo, com uma piora nas condições financeiras e de saúde pública.

Assim, reduzimos nossa projeção para o PIB deste ano de uma alta de 4% para 3,5%. Para o próximo ano, também vemos um crescimento menor, passando de 2,5% para 2%.

Já em relação ao dólar, aumentamos nossa estimativa de 5 reais ao final do ano para 5 reais e 30 centavos.

Incorporando esse dólar mais forte, juntamente com os preços de commodities em alta, em especial o petróleo, nossa visão para o IPCA passou de 3,9% para 4,4% neste ano.

E, para a Selic, como falamos no último bloco, acreditamos que nesta semana veremos o início do ciclo de alta nos juros. Para o ano, agora enxergamos uma taxa de 4,5% até dezembro, contra nossa projeção anterior de 4%, que seria alcançada em outubro.

Veja aqui a atualização completa do cenário econômico.

Novo horário de negociação

A Bolsa tem um novo horário de negociação a partir de hoje. O fechamento do pregão, que estava ocorrendo às 18 horas, agora volta a acontecer às 17 horas.