Os próximos dias serão marcados por uma agenda intensa. Além de acompanhar os últimos dias da campanha eleitoral nos Estados Unidos e uma agenda de balanços corporativos intensa, com destaque para os números de Petrobras e Vale, os investidores devem se atentar para uma série de indicadores econômicos que serão revelados.

Destaque para a reunião do Copom na quarta-feira, bem como números fiscais, inflação medida pelo IGP-M – que deve superar os 20% na comparação anual –, dados de emprego, PIB na Europa, e muito mais.

Confira, abaixo, os principais eventos econômicos para acompanhar na semana. E, para relembrar como foi a última semana, quando o Ibovespa avançou 3%, clique aqui.

Segunda-feira: Focus e crédito

A semana tem início com a tradicional publicação do Relatório Focus. Divulgado às 8h25, ele traz o resultado de uma pesquisa conduzida toda semana pelo Banco Central com agentes do mercado sobre os principais indicadores macroeconômicos para este e para o próximo ano.

Às 9h30, o Banco Central divulga o estoque de crédito para setembro. A projeção do nosso time de Macroeconomia é de uma desaceleração no crescimento, passando de uma alta de 1,9% em agosto ante julho para 1,3% em setembro ante agosto.

Terça-feira: dívida pública e EUA

Sem horário definido, o Tesouro Nacional revela o relatório mensal da dívida pública em setembro, uma sinalização importante para analisar a situação fiscal.

No mesmo dia, às 11h, os EUA divulgam dois dados importantes para outubro: a confiança do consumidor, medida pelo Conference Board, e o índice de manufatura de Richmond. O mercado projeta leve retração nos dois números, com a confiança passando de 101,8 pontos na última leitura para 101,7 pontos, e a indústria passando de 21 pontos para 18 pontos.

Quarta-feira: Copom

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central revela a sua decisão sobre a taxa Selic. Nosso time de Macroeconomia, assim como o consenso de mercado, projeta manutenção dos juros em 2,0% ao ano. Veja aqui como é uma reunião do Copom

O comunicado do Copom, que traz uma leitura da autoridade monetária sobre o momento atual da economia, no entanto, deve ser acompanhado de perto. O anúncio não tem horário definido, mas ocorre após o fechamento dos mercados.

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Quinta-feira: Caged, fiscal, inflação e PIB nos EUA

A quinta-feira terá um calendário econômico movimentado.

Sem horário definido, o Caged revela a criação líquida de empregos formais em setembro. Nossa equipe de Macroeconomia projeta ligeiro avanço, de 249,4 mil novos postos de trabalho em agosto para 250 mil.

Também sem horário definido, o Tesouro Nacional revela o resultado primário do Governo Central em setembro. Nossa projeção é de que o déficit reduzirá de 96,1 bilhões em agosto para R$ 82,3 bilhões em setembro.

Às 8h, a FGV revela o IGP-M de outubro. Este índice tem chamado a atenção pela forte alta nos últimos meses. Nosso time de Macroeconomia projeta que a inflação medida pelo IGP-M irá superar os 20% na comparação com outubro do ano passado, chegando aos 20,72%. Na passagem de setembro para outubro, a estimativa é de uma inflação de 3,05%.

Vale lembrar que o IPCA-15 de outubro veio acima do esperado pelo nosso time de Macroeconomia, levando a projeção para o mês entrar em revisão. Caso você queira entender em mais detalhes as diferenças entre IPCA e IGP-M, clique aqui.

Às 9h30, os EUA revelam o resultado do PIB do terceiro trimestre. O consenso de mercado projeta crescimento de 32,0% sobre o segundo trimestre, quando foi observada forte retração de 31,4%. É importante lembrar que este indicador é divulgado de modo anualizado.  

Sexta-feira: Brasil, EUA e Europa

Encerrando a semana, a sexta-feira também reserva um dia movimentado, tanto no Brasil quanto no exterior.

Logo às 4h, a Alemanha revela o PIB do terceiro trimestre. O consenso de mercado projeta crescimento de 7,3% sobre o segundo trimestre, após a retração de 9,7% verificada no trimestre anterior.

Às 7h, é a vez da zona do euro revelar seu PIB, com a expectativa de crescimento de 9,4% sobre o segundo trimestre, que havia apresentado queda de 11,8% sobre o primeiro trimestre.

No Brasil, às 9h o IBGE publica a Pnad Contínua, trazendo uma leitura sobre a taxa de desemprego trimestral em agosto. A projeção do nosso time de Macroeconomia é por um avanço de 13,8% para 14,0%.

Às 9h30, o Banco Central publica o resultado primário do setor público em setembro. Este indicador é semelhante ao publicado pelo Tesouro Nacional na quinta-feira, mas é mais abrangente. A projeção de nossos especialistas é por uma diminuição no déficit, passando de R$ 87,6 bilhões em setembro para R$ 77,8 bilhões em setembro.

No mesmo horário, o BC também revela a dívida líquida do setor público para setembro, que atualmente está em 60,7%.

Às 9h30, os EUA publicam números de inflação para setembro, medidos pelo PCE. O índice deve acelerar de 1,4% para 1,5% na comparação anual, segundo projeções de mercado. Já o núcleo da inflação deve passar de 1,6% para 1,7%. 

Em seguida, às 11h, os EUA divulgam a confiança do consumidor em outubro, medida pela Universidade de Michigan. A projeção do mercado é pela manutenção no nível de 81,2 pontos.