Começamos a última semana do mês sustentando bons ganhos em outubro, apesar do recuo de sexta-feira. O principal índice de ações da Bolsa, o Ibovespa, acumula ganhos de 7%. Os próximos dias, no entanto, serão bastante movimentados. Você pode conferir o resumo da última semana aqui. 

Confira os principais assuntos do mercado financeiro no Morning Call:

EUA e Europa

Nos Estados Unidos, seguimos de olho nas eleições presidenciais, que entram em sua reta final, com o pleito marcado para a terça-feira da semana que vem. Enquanto isso, as discussões entre democratas e republicanos sobre o pacote de estímulos continuam sem evolução, mas seguem no radar.

Também seguimos acompanhando com atenção o avanço da pandemia. Na Europa, Espanha e Itália anunciaram novas medidas de restrição no final de semana. E os Estados Unidos apresentaram um recorde no número de novos casos.

Brasil: balanços e indicadores econômicos

No Brasil, a semana também será importante. A temporada de balanços do terceiro trimestre ganha força, com cerca de 30 empresas revelando seus números. Destaque para quarta-feira, com as divulgações de Petrobras, Vale e Bradesco, que representam mais de 25% do Ibovespa.

Já na agenda de indicadores econômicos teremos mais informações sobre a situação fiscal do país, inflação, diferentes publicações sobre o mercado de trabalho e a decisão do Copom sobre a taxa Selic.

Você confere a agenda completa de indicadores econômicos da semana aqui.

Projeção para inflação

O IBGE anunciou na sexta-feira o IPCA-15 de outubro, que acelerou para 0,94% na comparação com o último mês. Esse número veio acima das projeções do mercado e do nosso time de Macroeconomia.

Os preços no grupo de Alimentação e bebidas seguem em destaque, avançando 2,2% no período, mas nossos especialistas afirmam que esse choque nos alimentos deve ficar restrito a 2020. A surpresa deste mês veio no grupo de bens industriais, que já vinha avançando em setembro por conta de repasses no câmbio e continuou o movimento neste mês, com alta de 0,87%, contra nossa projeção de 0,48%.

Com isso, nosso time de Macroeconomia revisou novamente a estimativa para o IPCA de 2020, subindo de 2,8% para 2,9%, com risco de alta. A meta do Banco Central para o ano é de 4%.